Capítulo 15

721 88 5
                                    

Uma semana havia se passado desde o funeral de seu pai, e tudo estava tranquilo, Daemon e Rhaenyra estavam se dando muito bem juntos, debatiam os planos para a unificação de Westeros e claro, na cama. A química entre eles não havia diminuído nada, pelo contrário, estavam cada vez mais unidos e se amavam ainda mais. Ela suspeitava inclusive que estava gerando uma criança, estava atrasada em alguns dias, mas manteria em segredo por mais algum tempo para o caso de estar enganada.
Ela estava naquele momento na biblioteca, lendo mais uma vez sobre as raízes da família Targaryen, o fogo e o sangue sempre estiveram presente no decorrer das eras, parecia uma espécie de maldição. Distraída em seus estudos, ela não percebeu a movimentação logo às suas costas, sentiu a facada em sua cintura e quando olhou viu que era Criston, e ele iria dar o golpe final, mas ao invés disso, Rhaenyra viu uma faca cortar seu pescoço, o sangue jorrou de imediato, misturando-se ao seu.
- Rhaenyra!! AJUDA!!! NA BIBLIOTECA, RÁPIDO, CHAMEM UM CURANDEIRO! - Harwin rasgou um grande pedaço de seu vestido e usou para estancar sua hemorragia.
- Dae - Daemon... - ela tentou falar, mas se sentia fraca.
Ouviu outras pessoas entrando no local mas não conseguiu abrir os olhos, desmaiou em seguida. Quando acordou, percebeu que estava em sua cama, sentia a dor no local onde estava o ferimento, respirou fundo, mas doeu ainda mais, aos poucos ela abriu os olhos. Viu Daemon adormecido a seu lado, notou que ele havia tomado cuidado de não tocá-la, imaginou que não queria que ela acordasse e nem se machucasse. Ela ergueu uma das mãos e acariciou seu cabelo, ele abriu os olhos, o roxo de olho estava mais escuro que o habitual, não quis imaginar o horror que ele deve ter vivido.
- Estou bem, só estou cansada... E com sede. - ela quis tranquilizá-lo.
Lágrimas escorreram pelos olhos dele, erguendo-se ele beijou sua testa e foi até uma bandeja buscar água.
- O que aconteceu? Criston está morto? Havia tanto sangue...
- Sim. Ele está morto. Harwin fez bem, eu o promovi por tamanha coragem. Eu deveria estar com você lá...
- Não... Eu não permitirei que você se culpe. Quem iria imaginar que ele tentaria uma barbaridade dessas? - ela tentou se levantar, mas não conseguiu.
- Fique em repouso, você também perdeu bastante sangue.
- O que o meu curandeiro disse?
- Que estaria curada dentro de alguns dias, que você teve sorte, por pouco não atingiu seu útero, todo aquele sangue, para ele não ter atingido nada vital.
Ela suspirou. Estava aliviada por ter sobrevivido, mas preocupada, muito provavelmente o estresse a faria perder a chance de gerar o provável bebê que estava se formando. Porém, afastou aquele pensamento, ela teria outras oportunidades, se concentraria apenas na sua recuperação.

Fogo e SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora