AVISO: Capítulo sem revisão‼️
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Você é profícuo somente enquanto os titeriteiros têm controle sobre os fios. Quando as cortinas se abrem e o show começa para que todos possam ver, você deve usar o tule rosa e ficar na ponta dos pés com as sapatilhas mágicas. Não é preciso ruminar sobejamente, por cima da moldura eles seguram as cordas e comandam seus movimentos. O ritmo é moroso, suave como o cair de uma pena. Apresento-lhes: Ela. A sombra invisível que se alastra pela ponta das sapatilhas, contorna o tule, aperta o peito e fecha a garganta. Não há elucidação, não há como vozear. A platéia não entende, não consegue ver, a forma com que seus olhos imploram. Ocorre, então, um erro na iluminação e até na música, mas a culpa cabe apenas ao títere. Os tomates pintam, de vermelho, o cenário vibrante e o chão envernizado.
Cresce no peito e amarga a funesta madeira, incapaz de sentir, por ser grotesca e feia, a secreta e taciturna gosma preta. Como o tinteiro de pena, o títere vomita o líquido, a platéia fica horrorizada. Como pode proferir tamanha barbaridade o garboso tule rosa e sujar com sua verdade dolorosa o lindo par de sapatilhas mágicas? Faltando-lhes tomates para jogar e espelhos para refletir suas turvas formas de limo, encerra-se o desastre. As cordas estão soltas. Resta, então, apenas uma triste peça de madeira, sem coração para pulsar. Todos viram sua boca imunda derramar a tinta preta, mas ninguém de fato ouviu a sua voz ou o seu clamor. Se acaso os títeres não falam e não sentem, porque aquela funesta madeira sentiu rachar-se por dentro?
『••✎••』
Imagem do Circo porque esqueci de mostrar capítulo passado:
Quando as luzes tornaram a ligar, duas figuras um pouco medonhas estavam no palco. Ambos não mediam mais do que 1,50. O mais alto usava uma calça xadrez, um fraque verde quase preto. As linhas do fraque eram verde escuro assim como os botões e o interior das mangas abertas como a casca de uma banana. A gola do fraque parecia ser de chiffon azul escuro. Suas meias eram vermelhas e apareciam um pouco, suas botas eram pretas mas haviam algumas partes em rosa de tão desgastadas que estavam. Ele tinha unhas pintadas de verde, sua pele era clara e meio esverdeada também. Parecia ser careca e em sua cabeça havia um chapéu matinê preto, com uma fita vermelha ao redor da base. Havia ainda uma bolinha azul pendurada na extremidade direita, e outra verde do lado esquerdo. Seu rosto era enrugado e estava pintado de branco. Em sua boca vermelha havia um sorriso esquisito, de malícia, daqueles que incomodam. Sua sobrancelha tinha um formato esquisito de swoosh. Ele usava uma sombra azul escuro nos olhos, o que combinava com seus olhos verdes. Em suas bochechas havia um círculo alaranjado assim como a ponta de seu nariz.
A segunda figura media no ombro do mais alto. Ele também tinha a cara enrugada, pintada de branco mas ele não tinha sobrancelhas, a ponta de seu nariz também estava alaranjada e ele possuía o mesmo círculo laranja nas bochechas que o outro. Sua boca vermelha expunha um sorriso de psicopata repleto de dentes grotescos, grandes demais e amarelados. Ele olhou diretamente para mim por um átimo com aqueles olhos azuis ilegíveis. Tive medo e me encolhi na cadeira. Em sua cabeça havia um gorro rosa de ponta muito longa, chegava até seu punho. Ele usava um macacão em malha soltinha, sem mangas e curtinho com elástico nas pernas, roxo com estampa de mãos de tinta vermelha bordadas por todo ele. A gola parecia ser feita de um tecido grosso cinza azulado e com bordados em azul claro ao redor. As mangas expostas visíveis eram de uma blusa listrada em preto e branco que ele, provavelmente, usava por baixo do macacão. Ele não usava sapatos, mas dava para perceber que ele usava uma meia calça também listrada tão grande que sobrava em seus pés. Talvez a blusa e as meias fossem um conjunto só. Suas unhas estavam pintadas de azul claro. Sua pele tinha um aspecto pálido meio azulado. Ele segurava em sua mão esquerda um cachimbo chinês branco. Ambas as figuras encaravam a plateia em silêncio.
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Half Hotel (Jikook)
FanfictionHá uma alma vazia, que vagou erma por um longo tempo em uma terra devastada pela taciturnidade. Em uma noite, tempestuosa e sangrenta, a alma encontrou um novo mundo. Uma tela alabastrina. A alma solitária sou eu, Park Jimin. Half Hotel é o melhor...