Half Hotel (Jikook)

The Tower

AVISO: Capítulo sem revisão‼️

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De casca tão fina e branca quanto a de um ovo, de interior tão frio quanto o de um freezer e tão oco quanto o de um coco, surgiu a alabastrina, acolhendo seres igualmente frios e vazios. Vazios de vida, de significado, de perspectivas. A criatura vagou por longos cento e quarenta e três anos, erma, completamente perdida no próprio inverno e com o coração partido. A fome corroía seu estômago e a sede dilacerava sua garganta. O corpo estava tão seco que sequer as lágrimas escorriam mais, embora ela ainda sentisse que chorava. Quando se cansou, a alma solitária se deitou encolhida no chão. A clemente e temível alabastrina acolheu a pequena criatura, congelou o seu corpo e mandou sua alma para o planeta Terra. Por vinte e cinco anos, a criatura viveu como um humano, mas o que a alabastrina não podia prever era que o destino havia jogado a pobre criatura em uma vida tortuosamente triste e miserável. Quando a alma não suportou mais, encontrou a solução na autoquiria.

Machucada, ferida e como esteve desde o princípio: Erma, a criatura retornou a seu corpo de origem e repousou por mais dezessete anos, completamente destruída, esquecida, perdida no tempo. Novamente por clemência, a alabastrina decidiu intervir uma última vez e implorou ao celestium e ao submundo que salvassem a pobre alma do sofrimento eterno. Juntos, H&H mandaram belos pássaros brancos, que se camuflavam no mar alabastrino, recolherem as laboriosas memórias como migalhas de pão no chão. Criaram ainda um tíquete dourado para que ele buscasse o que no tempo se perdeu e o devolvesse para casa. Já no insigne Half Hotel, o sangue corria desenfreadamente e furiosamente, destruindo tudo o que tocava pois não tinha um núcleo para o direcionar. Assim o tíquete despertou o coração e o mandou para a felicidade. Equivocados novamente, a alabastrina, H&H e até o tíquete. Quem disse que a felicidade se encontra exatamente no lugar do qual a criatura havia fugido antes? O que seria diferente desta vez? O coração iria suportar a intensidade complexa e amplificada, com o passar das décadas, do impetuoso imo? Há somente uma resposta: sem o coração, imo não pode viver e sem o imo, o coração jamais se sentirá preenchido.

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Jungkook e eu caminhamos por horas intermináveis pela floresta rosa. O trecho de água cristalina e rosada nos seguiu por todo o caminho até um conjunto de rochas íngremes amareladas no alto de uma pequena colina. Jungkook fez sinal para que eu ficasse em silêncio e então se escondeu entre as pedras. Ele me chamou com a destra para que eu me escondesse também. Ele espiou e eu, temeroso de que fosse mais uma ameaça, espiei por cima de seu ombro. Acabei me distraindo um pouco com o cheirinho inebriante do meu namorado e olhei de baixo o seu lindo rosto de perfil concentrado na visão à frente. Seu maxilar era incrivelmente marcado, a cicatriz em sua bochecha estava lá, encantadora como sempre, seus cílios escuros sequer piscavam, seus lábios vermelhinhos, sendo o inferior carnudo e o superior fininho. Ele tinha uma pintinha bem no meio do lábio inferior, o que fez sua boca parecer bem saborosa.

Quando olhei para seus olhos e percebi que ele me olhava de cima, corei encarando à frente. Havia uma equipe lá, formada por uma gárgula pequena e amarelinha com roupa de team leader e peruca ruiva, um dragão esverdeado um pouco maior que eu, um touro com roupas pretas de couro, um homem com o rosto todo enfaixado, vestindo uma camisa de força e uma calça de hospital azul, uma lobanil de calça roxa rasgada em seus joelhos, top roxo de ginástica, usando maquiagem também roxa e presilhas roxas no pelo da cabeça. Havia ainda uma iguana com óculos de sol e uniforme de policial, e uma cobra horrenda, enorme, repleta de escamas marrons, olhos verdes se destacando em sua maquiagem rosa. Eu não gosto de cobras. Desviei o olhar, apenas em mirá-la me causava arrepios. Aquela era a equipe Tribo Fu. A que chega e come o seu c...