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AVISO: Capítulo sem revisão‼️

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O que a resta senão a solidão?

A sua alma eremítica procurou o acalento

Todavia, tudo o que encontrou foi o frêmito alheio

Trata-se apenas de narrativas fantasiosas da sua cabeça

Foi dela somente a lamúria silenciosa, daquelas que cortam o coração

O que a resta senão se recolher, mais uma vez, no vazio quiescente de seu âmago?

E quanto plangor reverberará em seus ouvidos? Quantos deles ainda rasgarão a garganta?

Eles vêm, mas logo se vão. Ninguém nunca fica, mas porque hão de ficar?

Há somente uma besta, uma besta amarela, de olhos grandes que tudo vêem.

Há somente os sonhos e a arte.

Quando lhe pesa a alma, a besta escreve, discorre.

Com a sua atrofiada caligrafia, simplória caneta, dedos calejados e a alma caliginosa

Entretanto, as palavras são por demais eruditas para a néscia criatura

Seu trabalho é, então, obra de outro nome

Nome este bem conhecido: pecém

Sua taciturnidade é mascarada, por um sorriso hediondo

Sorriso que afasta

Ela não tenta, entretanto, se justificar

Os ouvidos não servem para ouvir, mas as pútridas bocas ainda podem julgar

Há somente uma besta vitimista e esperançosa

Quem sabe um dia, talvez após sua autoquiria, tal como Van Gogh

Sua monstruosidade possa enfim fazer parte da bem-quista galeria de arte

『••✎••』

Alguns dias haviam se passado e eu não vi o mestre Jeon novamente. Em contrapartida, muitos hóspedes e funcionários do Half Hotel começaram a me chamar de "namorado do mestre Jeon" e com isso ganhei algumas regalias. Uma delas era não precisar mais trabalhar aos fins de semana. As pessoas haviam entendido tudo errado, mas como eu não tinha mais que ficar exausto e dormir mal até os fins de semana, eu não fui capaz de negar a situação. Também havia o fato de que o mestre Jeon não estava por perto para negar, então estava tudo certo. Ser o falso namorado do dono do hotel também me trouxe vantagens em algumas situações arriscadas. Em alguns dias eu tive que fazer o meu trabalho usual em andares realmente assustadores com seres perigosos, mas saí ileso por usufruir do status "namorado do mestre Jeon".

Quando eu recebi o meu primeiro salário em moedas almeiras, pude finalmente decorar a minha porta. Uma gárgulazinha alaranjada de boné azul passou carregando uma plaquinha repleta de adesivos. Colei alguns adesivos de mochi, cookies e várias outras coisas aleatórias. Também pedi alguns personalizados com frases fofas. Mais tarde, após o expediente de Taehyung e Seokjin, nós três nos dirigimos ao trigésimo quinto andar. Algo me dizia que era uma péssima ideia sair com esses dois. Taehyung queria ir para o trigésimo sexto e de lá pegar a locomotiva que para no terminal do trigésimo quinto andar, mas apenas em pensar naquela ponte horrorosa meu estômago revirava. Agradeci aos céus quando Seokjin falou que seria melhor ir diretamente para o trigésimo quinto andar pelo elevador e que passar pelo trigésimo sexto era apenas desculpa para Taehyung beber no Ms. Bora Catapora Barroom, fazer apostas no Ms. Hayun Cappuccino Cassino e dançar no Mr. Jaesang Cub Nightclub.

Half Hotel (Jikook) Onde histórias criam vida. Descubra agora