Mavis - Hawkins, Indiana
Novembro, 1985Depois de tudo que aconteceu era difícil não contar para a minha mãe, eu sentia falta dos conselhos dela e dos puxões de orelha. Decido que contaria sobre as visões, a nossa briga antes de me mudar para Hawkins tinha sido algo estranho e mau resolvido, e eu precisava colocar algumas fichas na mesa.
Saio do meu quarto e vou até o quintal onde minha mãe estava regando algumas flores do jardim de Tia Cláudia.—Mãe, a gente pode conversar?—Pergunto escorada no batente da porta.—
Mãe: Claro Mavis, um minuto.—Ela afirma enquanto coloca o regador em cima de uma mesinha.—Algo de errado?
—Não exatamente, é complicado, vamos lá para o meu quarto.—A mais velha assente e vamos andando em direção até lá, me sentei na cama e ela se senta ao meu lado.—
Mãe: O que aconteceu filha?—Pergunta com um semblante preocupado.—
—É...Nos últimos anos, na verdade desde quando cheguei aqui venho tendo umas visões. Tipo aquelas que o papai reclamava que você tinha em algumas brigas. Eu não sei muito bem como as suas eram porque você nunca chegou a me contar, quando te questionei pela última vez você sabe o que aconteceu.—Ela brigou comigo e me mandou pra outro estado.—
Mãe: Visões!? Você está tendo visões Mavis?—O semblante dela parece mais preocupado do que da última vez.—E como elas são?
—No começo elas eram só visões normais, parece que eu meio que me teletransportava para outro mundo só na minha cabeça, de um ano pra cá está diferente, elas conseguem me afetar fisicamente, quem está presente nelas consegue me ver, me ouvir e me machucar.
Mãe: E quem estava presente nelas?—Ela só estava me perguntando mais coisas e não me dando respostas.—
— Billy Hargrove.—Ela respira parecendo estar aliviada.—Ele estava presente na maioria delas, e um animais estranhos. As minha visões funcionavam como previsões também, eu não sei explicar direito. Você esperava alguém diferente?
Mãe: É...—Ela da uma pausa.—É difícil te contar isso, eu nunca falei nada disso pra ninguém antes. Mas sinto que posso confiar em você.
— O que há de errado mãe?
Mãe: Querida é muito complicado, você tem que estar preparada para ouvir. Quando eu ainda era uma garotinha, eu costumava ter alguns comportamentos estranhos e ser muito sensitiva. Com o tempo descobri que tinha algumas habilidades, essas habilidades se afloraram devido ao um ocorrido bem sério, você sabe, a morte dos meus pais biológicos e...Enfim. Não eram só habilidades nem costumes estranhos de crianças, eu meio que tenho poderes.—Ela fala a última frase sem jeito.—Sei que parece estranho, mas você por ser minha filha pode ter herdado isso de mim.
Então agora tudo fazia sentido. Minha mãe é como a On, agora eu entendi como algumas coisas estranhas aconteciam quando eu era menor.
— Mãe, está falando sério!?—Pergunto impressionada.—Eu conheço uma garota como você! A Onze sabe? A que eu te falei que se mudou.
Mãe: É verdade, existem outros como eu!?
—Sim mãe! Existem, eu queria que vocês duas pudessem conversar, mas ela está um pouco longe agora.
Mãe: Filha, você me promete que não contará isso a ninguém. A não ser que seja necessário?
—Prometo.—Ela me abraça forte.—Enquanto as minhas visões, eu não sei como posso lidar com elas, ah, além disso preciso te contar algumas coisas que aconteceram nos últimos verões.
Eu me sinto 100% melhor agora, é como se um fardo tivesse sido removido das minhas costas, é incrível ter minha mãe ao meu lado. Ainda mais, sendo de alguma forma parecida como ela.
Ficamos algum tempo conversando e conto tudo pra ela, os acontecimentos bizarros, o meu relacionamento com as crianças e com Steve.
Inclusive ela até o chamou para um jantar. Hoje.***
Mãe: Você está linda querida!—Minha mãe fala entrando no meu quarto me vendo observar a minha roupa no espelho.—
— Obrigada mãe!—Sorrio enquanto dou os últimos toques no meu casaco de pelinhos.—
Mãe: Acho que ele chegou.—Fala assim que escutando batidas na porta.—
Respiro fundo e vou abrir a porta, não era nenhum mistério pra mim estar com Steve, eu só estava nervosa porque agora éramos ele e minha família.
— Oi!—Comprimento simpática.—Entra!!
Steve: Oii Mavis!—O garoto deposita um beijo em minha testa e entra na casa.—Com licença.
Ele vai entrando e aos poucos cumprimentando todo mundo, minha mãe e minha tia vão para a cozinha checar o jantar e eu, Steve e Dustin ficamos na sala junto com o meu pai.
Pai: E então rapaz, você faz faculdade?
Steve: É...Na verdade não, mas eu trabalho junto com Mavis e uma amiga nossa.—O garoto fala e é possível ver o nervosismo em uma face.—
Pai: Ah, entendi.—Meu pai parecia meio seco, mas ele era bem amigável.—Eu estou brincando com você garoto, eu também não fiz faculdade!—Ele ri, como se fosse algo muito cômico e Steve começa a rir também.—
Tia Claudia: Crianças, o jantar está servido.—Assim que escutamos minha tia, todos se levantam e vão até a mesa de jantar.
O resto da noite foi muito bom, meus pais gostaram muito de Steve e felizmente não fizeram eu ele passar por nenhuma situação constrangedora, nem aquele clássico de "Quais são suas intenções com a minha filha?", ainda bem. Nem eu nem Steve sabíamos quais eram as nossa intenções.
Depois da sobremesa já estava ficando um pouco tarde e Steve fala que precisa voltar para casa.—Eu levo você até a porta!—E assim fazemos.—Foi muito bom, meus pais gostaram de você.
Steve: Eu também gostei deles, e gosto mais ainda dá filha deles.—Eu sorrio.—Tchau Mavie, até amanhã.
Dou um selinho inesperado no garoto, suas bochechas ficam coradas e depois ele retribui com um beijo calmo e rápido. Nos despedimos uma última vez e fico vendo-o andar até o carro.
Aceno para o garoto um última vez e volto para casa.Mãe: Adoramos o seu amigo querida! Ele é muito engraçado.
—Que bom que gostaram.—Sorrio.—
Dustin: Tem uma pessoa no telefone querendo falar com você, um garoto chamado Austin.
—Austin!? Sério!?—Me lembro do garoto que conheci no acampamento e vou correndo até o telefone.—Alô?
Austin: Mavis?
—Austin! Quanto tempo! Como você está? Por que ligou?
Austin: Adivinha? Vou me mudar pra Hawkins! Em março estarei chegando por aí, não falta muito tempo.
—Que incrível Austin! Mau posso esperar!
Passamos mais algum tempo conversando sobre as novidades e depois logo desligo o telefone e vou dormir, assim como todos da casa.
Continua...
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Oii gente! Espero que tenham gostado do capítulo novo, o capítulo foi revisado mas me desculpem por qualquer erro!
Se puderem comentar oq acharam ou algo assim ficarei feliz em ler as suas opiniões! :)
Não esqueçam de seguir a conta da fic no ttk, @mavishanderson, posto alguns edits legais lá.
Obrigada por lerem até aqui!-Autora💌
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𝐂𝐇𝐀𝐌𝐀𝐒 𝐆Ê𝐌𝐄𝐀𝐒ˢᵗᵉᵛᵉ ʰᵃʳʳⁱⁿᵍᵗᵒⁿ
Roman d'amour"Após uma discussão um tanto quanto complicada com seus pais Mavis Handerson, se muda para Hawkins, uma cidade no interior de Indiana para morar junto com sua tia Claudia e seu priminho Dustin, que não já não é mais tão "inho" como era quando ela os...