𝐈𝐍𝐒𝐓𝐀𝐕𝐄𝐋|| ⱽⁱⁿⁿⁱᵉ ᴴ.

10 - MÉTODO DE SONO

Capítulo 10
P.O.V[ S/N]

DOIS DIAS DEPOIS...

Assim que chegamos em casa, eu logo pude perceber que ainda era cedo, horário que os meninos estavam chegando da escola. Foi um saco ficar este tempo todo no hospital, mas pelo menos já me sentia muito melhor.

-- Eu tô morta de fome - Disse entrando em casa com a ajuda de Rita.

--Não se preocupe, Rita vai fazer algo para você comer - Virgínia falou sorrindo.

--Eu fiquei tão preocupada com você, menina - Rita falou me ajudando a sentar. -- Se não fosse por Vinnie eu nem sei o que aconteceria - Rita continuou.

- Como assim? - Perguntei confusa.

-- Não queriam te atender por estar sem seus documentos então ele só saiu entrando em uma sala desesperado por ajuda - Rita respondeu.

Isso era uma surpresa.

-- Pelo menos ele agiu certo uma vez na vida - Virgínia falou e pegou sua bolsa que estava sobre uma poltrona.
-- Agora que você já chegou em casa, eu já vou indo para floricultura, tudo bem para você, S/a?

Senti meus lábios se contraírem e meus olhos marejarem com o apelido. Acho que não estava pronta para ouvir o meu apelido sair da boca de alguém tão doce, ainda mais sendo uma mulher.

-- Falei algo errado? - Virgínia perguntou intercalando seus olhos em mim e em Rita.

Sentia os olhos das duas sobre mim, mas minha mente só conseguia me levar a época em que eu era amada dentro da minha própria casa. Onde eu tinha um lar. Onde eu sabia que se precisasse eu teria alguém a quem recorrer, alguém que eu pudesse gritar por ajuda. Bom, hoje eu tenho meu pai, mas ainda assim eu queria ter outra pessoa...

--Não se preocupe, pode ir - Falei com um sorriso forçado e ela sorriu fraco.

--Então está bem, qualquer coisa ligue para mim ou para seu pai - Falou e se despediu de Rita antes de sair.

--Senhora Virgínia é uma boa pessoa, S/n. Vai perceber que pode confiar nela - Rita falou e eu respirei fundo nada disposta a continuar a conversa.

Ela saiu da sala caminhando em direção a cozinha, espero eu para fazer alguma coisa para eu comer.

Ouvi o barulho da porta se abrindo e nem precisei pensar quem era, porque o barulho das vozes irritantes chegou no lugar primeiro que os donos que são mais irritantes ainda.

-- As férias acabaram foi? - Adam falou se jogando no sofá.

--Idiota - Falei revirando os olhos.

Olhei para o lado vendo Vincent sentado na poltrona.

-- Tá me olhando por quê? - Perguntei para o nojentinho.

--Você é muito feia - Ele disse e eu logo mandei o dedo do meio para ele enquanto ouvia a risada engasgada de Adam.

--Seu estúpido - Falei para Vincent.

-- Pirralha - Ele disse.

-- Seu fedelho.

-- Sua bocó.

-- Testa de arromba navio.

-- Minha testa nem é tão grande.

-- Não, imagina se fosse-
Debochei dando de ombros e vi o mesmo revirando seus olhos.

-- Vocês são uns chatos - Adam falou.

--O jantar já foi servido - Uma empregada novinha disse. Ele devia ser uns dois ou três anos mais nova que eu

Percebi quando Vincent quase engoliu a empregada com o olhar.