maybe about us.

Capítulo 1.

                                    

Acordo mais uma vez no meio da noite com o mesmo pesadelo de sempre, o mesmo que me assombra por anos, o mesmo que destruiu meu sonho.

Vejo a hora no meu celular, são 5:35 dá manhã, respiro profundamente, nenhum ser humano deveria acordar esse horário. Levanto da cama e vou em direção ao banheiro, tomo um banho relaxante ou finjo que foi, essa semana minha cabeça está a maior bagunça. "Preciso de café" é meu pensamento assim que acordo, mesmo com meu estômago doendo só de imaginar uma xícara de café nesse horário. Visto minhas roupas, o mesmo de sempre, calça jeans, blusa, faz 17° então vesti um moletom, e um tênis branco, não tão limpo, já que uso o mesmo todos os dias. Amarrei meu cabelo num coque alto, para disfarçar o quão horrível está, já que lavei à noite e não me dei ao luxo de secar, resultado está terrível. Vejo uma notificação no celular, e já imagino que seja meu pai, ele sempre faz isso, desde que me mudei, penso que ele não sabe da existência do despertador, sempre a mesma mensagem:

"Bom dia! Esperando por você."

Olho a mensagem só para ter certeza, e acabo sorrindo. Já com tudo pronto e chaves do carro na mão, falo pra mim mesma: hoje meu dia promete.

Indo em direção ao estacionamento do prédio, lembro do que ouvi ontem, meu pai falando com seu amigo de trabalho sobre um novo jogador, já que teve um expulso por uma agressão mega violenta, não sei o que deu nele, faz uma semana que não o vejo, talvez tenha sido expulso da faculdade também.
Meu pai teve ir em outro Estado, segundo ele e palavras dele:" Um homem move o mundo para conseguir o que quer, escute o que vou lhe contar Hera, isso vai ser uma humilhação, mas faço o impossível pelo meu time." e depois disso foi embora, voltou horas depois com a notícia. "Temos um novo jogador em observação."
Não estou ansiosa para isso, jogadores são muito irritantes.
Entro no meu carro, meu presente de aniversário quando fiz 21 anos há dois meses, segundo minha madrasta era um bom presente para mim já que não moro mais com meu pai, e agora tenho que fazer tudo sozinha, um carro é útil, e ela estava certa.
Mais uma notificação do meu pai, dessa vez apenas um emoji, uma carinha séria, entendo o recado e piso no acelerador, deixando meu novo apartamento para traz, e desejando voltar para minha cama o quanto antes.