Nesse momento, eu quero enfiar minha cabeça em um buraco, e não sair nunca mais.
O que eu tava pensando? É tão óbvio que ela não sairia comigo, qual é meu problema?-Olha, eu realmente não esperava por isso, é algum tipo de brincadeira? O Bryce ou os meninos apostaram que você não teria coragem e agora você tá provando. Eu vim aqui pensando que você precisava de algo.
Ela diz.
Se levantando.-Espera, Hera.
Quase choro.
Não posso contar a verdade. Ela vai me mandar direto pro inferno. Mas não vou mentir.
Enquanto ela espera impacientemente, eu crio coragem.-Tá bom, eu vou ser sincero.
Digo enquanto olho em seus olhos.-Sábado vai ter um aniversário, eu não queria ir, mas não fui convidado, fui obrigado.
-Qualquer um dos meninos iriam com você, então por que eu?
Ela pergunta.-Porquê não quero ir sozinho, minha família é complicada.
-É o aniversário de quem?
-Meu avô.
-Os avôs são legais.
Ela diz.-O meu não, vai por mim.
-Pensando bem, não quero que você passe por isso. Eles vão falar muita merda da gente.-Da gente?
-Então quer dizer que iríamos de casal?
Ela rir.-É só por algumas horas.
Prometo.-Isso não é um filme Joseph. Sabe que pode da errado, eles podem descobrir, e além de tudo, aonde iríamos ficar? Dividir uma cama, nem pensar. E meu pai? Ele vai notar que não vou estar na cidade. Olha, se serve de conselho, diga foda-se à eles e não vá. Era o que eu faria.
-Eu disse isso. Mas você não entende. Tudo bem, isso foi uma idéia muito idiota. Eu vou sozinho, obrigado por me ouvir.
Ela fica olhando atentamente para mim.-Que ódio disso, tudo bem, eu vou, que saco.
Quero pular do banco, fazer alguma dancinha ridícula e lhe da um abraço.
Mas me controlo.-Certo. Então faremos assim.
-Sábado as 14 horas, saímos daqui. Provavelmente o aniversário começa as 18 horas, então é tempo suficiente para ficarmos acomodados, e assim que acabar, a gente sai de lá correndo.-Fechado.
Apertamos as mãos.Ouvimos uma movimentação vindo em nossa direção. Meu coração começa a acelerar quanto mais a pessoa se aproxima. Fecho meus olhos. Já esperando ouvir um grito e bastante reclamação do treinador, caso seja ele. Hera olha para mim. Está tampado a boca para não rir. Olhamos ao mesmo tempo quando a pessoa para a nossa frente.
-Tem como afastar aí?
Fred.-Eu já tô saindo mesmo.
Hera diz.-Se quiser ficar em pé, pode ir, porque a Riley ta deitada nos bancos.
-Vem senta aqui no meu colo.
Ela diz.-Ou no meu.
Eu brinco.
Ele aponta o dedo do meio para mim.-Desculpa ser inconveniente.
Ainda bem que você sabe.-O Bryce tá rocando, e eu tô com muita dor de cabeça.
Ele se ajeita no colo dela.
Sinto ela revirar os olhos, mesmo sem estar vendo.
Ele deita a cabeça em seu ombro.
Vejo ela fazendo carinho nos cachinhos de seus cabelos.
Ela é uma amiga incrível. Os meninos tem sorte.
E de pensar que vou arrastar ela para aquele inferno comigo, me da aperto no coração.Antes de chegarmos, ela disse que voltaria a ficar com a Riley. Saiu em seguida me deixando sozinho com o Fred.
Fico olhando as ruas pela janela do ônibus.
Estou cansado e me sentindo ansioso. Que sábado não chegue nunca.Agora em casa, os meninos estão comemorando na sala. Compraram bebidas, e pizzas, chamaram algumas pessoas, e estão se divertindo. Enquanto estou no meu quarto, deitado na minha cama.
Vejo a porta abrir.-Eu disse que queria ficar sozinho, Bryce.
A pessoa rir. Uma mulher.
Levanto a cabeça e olho para ela. Claramente estar bêbada.-Eu pensei que estava indo em direção ao banheiro.
Respiro fundo.
Deixa pra lá. Não é da sua conta. Ela se vira.
Ignoro esses pensamentos, quando levanto da cama e vou em direção a ela.-Vem, é aqui.
Ela se aproxima.
O cheiro doce do seu perfume, misturado com o álcool, me da vontade de vomitar.
Levo ela até o banheiro, não deixo que ela tranque a porta por dentro, porque no estado que estar, não saberia abrir. Fico do lado de fora feito um segurança esperando ela sair.
E quando faz isso, passa por mim e diz.
-Você é um príncipe.
-É por isso que meu pai me odeia.
Digo isso sabendo que daqui a 5 segundos ela não vai lembrar de nada.Volto para meu quarto. Dessa vez fecho a porta com a chave.
Meu celular toca. Vejo quem é.
Número desconhecido.-Boa noite, namorado de mentirinha no sábado.
Ela diz.
Completamente irônica.-Boa noite.
Dou uma risada.
Esperava tudo menos isso.-Achei que faltou informações. Quero saber qual personalidade tenho que ter.
-Só seja você mesma.
-Ah, que sem graça. Eu ia montar todo um personagem.
Ela diz.-Podemos ver algo então.
Digo.-Ta bom. Até amanhã.
-Até amanhã.
Digo por fim.Depois ligo para o Max. Ele rir de todas as coisas que aconteceram nesses dois meses, conversamos bastante, por horas, ele conta tudo que estar acontecendo por lá também.
Aviso que no sábado iremos nos ver, e que ele vai conhecer alguém. Faço ele prometer que não vai contar minhas histórias constrangedoras a ela. Depois desligo a ligação, me sentindo mais aliviado.
Fico deitado na minha cama, pensando na vida, e acabo adormecendo, cansado do meu dia que teve 500 horas.
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maybe about us.
RomanceQuando duas pessoas com vidas completamente diferentes se encontram, tudo pode da errado, ou certo demais, depende do seu ponto de vista. Livro iniciado em: 21/10/2022