O Prazer diante da morte

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Certa vez, sentado na varanda do 6° andar do meu apartamento, acendi um cigarro.
A brisa passava calmamente bagunçando meu cabelo e levando as cinzas para longe.
Não demorou muito para que o clima, a tranquilidade e a nicotina me colocassem em um estado de paz.
Me recostei na cadeira e fiquei a observar um passarinho amarelo que voava nas vegetações lá embaixo.
Ele parecia dançar com os outros.
Me agraciando com sua performance
Não notei que o tempo passava
E logo acendi outro, e outro, até que notei uma leve pontada no peito
Não sei por quanto tempo fiquei imóvel naquela posição, mas senti o cigarro queimando a ponta do meu dedo
E nada me tirava daquele transe.
O pico de nicotina, o passarinho e a brisa me tranquilizavam, e me traziam uma paz de tal forma.
Que sorri, enquanto dentro de mim
Meu coração parava de bater.

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