Soneto do fingir poeta

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Finjo que sou somente dor
Ao mesmo tempo sou amor
Finjo ser só ser humano
Mas nessas linhas poeta

Destruo o ser eufêmico
Com equilíbrio dinâmico
E deixo o tempo passar
No interno metamorfo

Movimento sem destino
Para viver a sensação 
De evitar os pés no chão

Escrevendo o meu pesar
Da mente em si discreta
Do mais fingidor poeta

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