Sinto o oceano dentro de mim pesar e comprimir a alma
E talvez pese, pois o peso das verdades jogadas ao mar afundam sozinhas
E vai devagarinho cada vez mais fundo nas depressões oceânicas da natureza e da vida
Procuro a verdade da minha existência dentro de meu oceano tempestuoso
Mas o oceano é perdidamente vasto
E ao passo que vou cada vez mais fundo em seus fossos,
Mais comprimido
Mais frio
E mais solitário me sinto
Já não consigo ir mais longe.
A busca da verdade dentro dos oceanos de si mesmo é cansativa
E quanto mais a procuro
Mais duvido da sua existência
Quero chorar
Mas não sei quais são as minhas lágrimas
E quais são as do oceano
E sinto que ele chora comigo
