5 | Boliche

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— Então nós vamos lá?

— Depois de comer pensamos nisso — Vance disse.

— É, eu também não sei porquê, mas eu tô com fome. — a mais nova falou.

  Nós pedimos hambúrgueres, demoramos, mas comemos e fomos a caminho da escola.

— Por que nós não temos bicicletas? — Arellano perguntou ofegante.

— Será que nós entramos? — questionei.

— Nós não viemos aqui pra não entrar né, vamos logo. — Vance disse entrando na escola.

  Adentramos e ficamos olhando e chamando pelo nome de Charlote, até ouvirmos passos.
  Chamamos de longe para ver se alguém respondia, mas aquilo só chegava mais perto sem falar nada, então apareceram duas meninas.

— Que susto! O que fazem aqui? — Griffin perguntou.

— A pergunta é o que vocês fazem aqui. — uma delas respondeu.

— Viemos procurar uma pessoa. — disse Griffin.

— Ah, se for uma menina, nós vimos ela no laboratório de ciências.

— Ah sim obrigada. — falei.

  Nós fomos em direção ao laboratório.

— Então, vocês tem aulas aqui? Já que tem a escola. — Gwen questionou.

— Não. — falou Vance.

— Sim. — Bruce disse no mesmo momento.

— Nós não temos aulas aqui.

— Claro que temos, mas você nunca vem.

  Nós rimos e Gwen perguntou como eram as aulas lá.

— Ah, é tipo, não é obrigatório nem nada, e não precisa fazer matrícula, tem umas aulas legais até. Tipo ciências, só que estuda como nós paramos aqui, e vocês também.

— Que sem graça. — Hopper debochou.

— Pra você tudo é sem graça.

— Menos vocês. Vocês são legais.

  Olhamos pasmos para ele, como assim ele disse que gosta de nós?

— Tá bom, pelo visto vocês não sabem ser elogiados.

  Entramos no laboratório e inicialmente não vimos ninguém, porém tinham uns frascos em cima de uma das mesas.
  Logo escutamos um barulho vindo do depósito de frascos, e outras coisas assim, e quem saiu de lá foi...

— Charlote?!

— Finney?!

— O quê faz aqui? — falei me aproximando de onde ela estava.

— Ah eu, é que... Eu tô só testando umas coisas. — a garota gaguejou.

— Mas você tá bem? — eu falei segurando seus ombros e vendo se estava machucada.

— Sim, estou.

  Ouvi umas risadas no fundo, então alguém fingiu uma tosse logo depois.

— Estamos aqui. — Robin disse.

— É, sim. Você o quê tá acontecendo com você lá? — perguntei.

— Ruim. Alguém apareceu de noite enquanto eu dormia, mas eu fechei o olho e fingi que estava dormindo.

— Você chegou a ver pelo menos a silhueta da pessoa? — minha irmã a questionou.

— Vi um cabelo que dava nos ombros. Acho que pode ter sido o homem que me chamou quando eu saia da farmácia, que foi no dia que eu fui sequestrada.

— Você viu o rosto dele no dia que sumiu? — indaguei.

— Sim, mas não prestei muita atenção, porque além de ser um estranho, era um dia ensolarado, então como eu estava sem óculos eu fechei um pouco os meus olhos.

— Onde você quer chegar Finney? — indagou Billy.

— Esse homem que ela disse, ele tem as mesmas características do homem que falou com a Madison antes de ela sumir, provavelmente é o mesmo. — falei. — Por acaso você viu algum resquício de mais gente por perto? Tipo outras pessoas sequestradas?

— Não.

  Estava ficando cada vez mais difícil conseguir respostas, toda vez que conseguimos alguma coisa ela para em um certo ponto.

— Você quer ir com a gente? — perguntei.

— Pra onde?

— Boliche. — disse Arellano.

— Ah claro.

  Todos nós voltamos ao boliche e colocamos nossos nomes para começar a jogar.
  O jogo iniciou e estava tudo bem, ou não, até eu ver Billy e Gwen bem juntos, mas sou uma pessoa educada e só fiquei espiando de longe.

— O quê você tá fazendo? — Charlote falou sorrindo.

— Nada, estou só... Pensando.

— Ah sim.

— Mas que bom que você tá bem Charlote, fico feliz em saber disso. — falei.

— Pode me chamar de Char.

  Ela falou um apelido, bom isso não é nada demais eu acho tipos, somos amigos não é?!

— É fácil estar bem aqui. Tem pessoas legais. — ela apontou para os meninos. — E é um lugar bom de se estar, mas quando voltamos para a realidade tudo muda.

— Entendo. — falei e sorrimos um para o outro.

  Ficamos quietos porquê estávamos sem assunto então ficou um tanto desconfortável, até alguém chegar.

— Oi gente. — Griffin disse pegando uma batata frita. — Sua vez Charlote.

— Ah sim, vou lá.

  Ela foi até lá então Griffin ficou me encarando enquanto comia batatinhas.

— Você...?

— Eu? — perguntei distraído.

— Tá tudo bem? Você parece meio... Estranho.

— Ah não, tá tudo bem. — falei tentando o tranquilizar

— Acho que sua irmã e o Billy... Ah você sabe. — ele disse como se fosse óbvio.

— O quê? Não! — falei revoltado. — Eles dois não!

— Acho que você não quer aceitar. Você sabe que não tem muita diferença de idade com ela, vocês tem o quê? 1 ano de diferença?

— Mesmo assim. Isso não tem nada a ver.

— Não vou mais falar nada, você vai se conformar. — ele disse e se levantou para voltar a jogar.

  De resto foi só aquilo, nós continuamos jogando então eu Charlote e Gwen saímos, ou melhor, acordamos.

A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.Onde histórias criam vida. Descubra agora