11 | Assunto de família

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– FINNEY –

Eu estava à espera de uma nova ligação há dias. Gwen disse a mim e aos outros que Charlote ligou e falou que Robin apareceu onde ela está e avisou que não são os Graham que estão no lugar que ela está.

Mas a questão é que essa história não bate. Seria muito estranho o carro, nós termos ido perguntar e ele ter fugido simplesmente não ter nenhuma ligação com o sequestrador, ou os sequestradores.

Agora estou esperando Adam na companhia de Gwen e Melanie para que possamos ir até a loja dos irmãos Graham e ver se ele está lá hoje.

Estava tudo indo bem até que... Ela apareceu.

— Oi gente. — disse Bella, com um sorriso no rosto.

— Oi Bella. — sorri de volta, sem graça.

— Aonde vocês vão? Fiquem calmos, se não quiserem me contar tudo bem. — perguntou a menina.

— Nós vamos... Vamos... — entrei em pânico total. Nem havíamos chegado ao local que pode ser o mais perigoso que estaríamos nos últimos tempos e eu já estava sem saber como reagir. — Vamos...

Esperei que alguma das duas inventasse uma desculpa. Como ninguém se manifestou eu resolvi tomar partido da situação, falando a verdade.

— Vamos até a loja dos Graham. — respondi rapidamente.

— Ah. — a menina sorriu desconfortável.

— Seguinte, um pequeno resumo: Nós conversamos com seu irmão nos nossos sonhos e com a Charlote também. Antes disso já tínhamos decidido ir atrás dela porque ela ligou para minha casa há algumas semanas pedindo ajuda. — parei para recuperar o fôlego pois estava falando rápido. — Eu contei ao Adam, Gwen e a Melanie e eles estão ajudando. Agora que você também sabe pode nos ajudar.

Bella ficou completamente surpresa com tudo aquilo pois não conseguiu dizer uma palavra sequer.

Ele chegou e, sem questionar, Bella entrou no carro. Adam também decidiu não fazer perguntas acerca daquilo.

Então nos embarcamos e fomos direto para a localização do mercadinho. Para o nosso azar Jack não estava lá, porém a loja estava aberta.

— Oi, boa tarde. Gostaria de fazer uma pergunta. — assim que o homem que estava no balcão permitiu que ele lhe fizesse a pergunta ele disse: — Onde está o Jack? Sabe o Graham? É que eu queria falar com ele.

— E sobre o quê seria? — o homem, desconfiado, perguntou.

— Um assunto de família. — Bella respondeu rápido e sorriu falsamente.

— Ah sim. — ele colocou uma grade de bebidas embaixo do balcão. — Na verdade o Jack está fora esses dias, fora da cidade.

— Você sabe quando ele volta? Ou para onde ele foi? — insistiu Adam.

— Não sei quando ele volta mas ouvi dizer que ele foi visitar alguém da família dele na área rural.

Nós agradecemos o homem por nos responder e saímos.

Isso comprova nossa teoria que ele está sim envolvido em tudo isso. Afinal, seria muito convincente que ele fugisse depois de nós termos perguntado de Charlote e sair para visitar algum parente na área rural.

Perguntei aos quatro se algum deles sabia se havia algum tipo de galpão perto da saída da cidade.

— Tinha uma loja de peças de carro que ficava perto da saída da cidade indo para a estrada. Hoje em dia acho que já está fechada, podemos tentar ver lá. — Melanie respondeu.

— Sim, vamos fazer isso. — Adam apontou ao carro com a cabeça fazendo sinal para que fôssemos.

Demoramos cerca de 20 minutos para chegarmos perto do endereço que Melanie havia nos dito.

Saímos do carro e olhamos de longe para ver o quão grande era.

— Tudo bem, mas nós vamos entrar aí assim? Vamos olhar. Ok. Só que vamos fazer de caso acharmos a Charlote? Vamos gritar com quem estiver lá e sair correndo com ela?

Um bom ponto já que nenhum de nós tinha pensado nisso ainda, realmente não tínhamos planejado o que faríamos se a encontrássemos.

Decidimos que Gwen e Adam ficariam responsáveis com quem estivesse lá enquanto eu, Melanie e Bella tentariamos solta-lá.

Entramos no lugar, o qual era extremamente grande. Tinham várias caixas de madeira, pneus e outras peças de carros. Aquilo tudo tinha sido abandonado.

Andamos por um bom tempo tentando fazer o mínimo de barulho possível até que achamos uma porta. Ainda receosos nós a abrimos e para nossa surpresa não tinha nada, ou melhor tinha, só que era um corredor com mais portas.

Continuamos andando naquele corredor e resolvemos abrir uma das portas. Quando adentramos o lugar tinham várias fotos de lugares em cima de uma mesa, uma luminária também.

Fomos nos aproximando para ver melhor o que era tudo aquilo. Eram fotos de lugares que as pessoas sequestradas iam com seus nomes em cima e uma foto de cada uma. Em um quadro que estava pendurado na parede tinha um mapa completo de Denver com marcações daqueles lugares e rotas escritas em vermelho.

Aquilo tudo era minimamente pensado para que não ocorresse nenhum erro na hora dos sequestros.

Paramos para nos esconder quando escutamos barulhos de passos pisando em água, e sabíamos que era dentro do lugar pois o corredor estava molhado quando entramos.

Fechamos a porta devagar para que não ouvissem aquilo e descobrissem que estávamos ali também. O estranho passou reto sem nem perceber. Nos retiramos dali e seguimos o estranho pelos cantos para que ele não percebesse nossa presença.

Chegamos ao lugar que ele estava, tinha um sofá e uma televisão. Pegamos a antiga bandana de Robin que estava amarrada no meu braço e tampamos a boca do homem que relutou mas acabou desmaiando.

— Vamos por ali. — sussurrou a Arellano e eu e Melanie a seguimos.

Descemos uma escada que havia depois da porta de ferro e fomos parar em um quarto e lá estava ela... Charlote.

Assim que nos viu a menina foi correndo até nós três. Quando chegou perto ela me abraçou.

— Muito obrigada mesmo. Eu sabia que se pedisse sua ajuda eu conseguiria sair daqui. — falou. Eu demorei um tempo para entender tudo mas apenas retribui o abraço.

— Tudo bem, agora vamos. — Bella nos guiou.

Quando subimos o homem ainda estava desmaiado.

A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.Onde histórias criam vida. Descubra agora