Faziam alguns dias desde a declaração de Charlote e Finney. Os dois continuaram se encontrando e demonstrando o afeto que tinham um pelo outro, com abraços e beijos.
Ainda era difícil para seus amigos tirarem Albert e todo o acontecimento da casa 7742 da mente, mas estavam se distraindo.
Charlote estava acompanhada de Finney, quando percebeu que seus amigos estavam juntos em um canto da praça, levantaram-se e foram em direção à eles.
— Oi gente. — ela sorriu.
— Oi pessoal.
Além de Adam, ninguém mais sabia sobre eles dois, nem eles mesmos. Tinham se declarando e continuaram se encontrando, mas não tinham conversado sobre nada mais. Os dois não sabiam direito como fazerem, nem se deveriam mudar aquilo.
— O quê faziam aqui sozinhos? — indagou Bruce.
— Nada. — falaram juntos.
Robin como um bom curioso, semicerrou os olhos e fez uma expressão de dúvida com a resposta dos dois.
— Certo.
Continuaram conversando com eles, sem comentar nada sobre o assunto.
[...]
Já eram 15h30 quando Finney saiu da escola para voltar para casa. No caminho foi parado quando ouviu a voz de Charlote o chamando.
— Oi Finn. — cumprimentou sorrindo.
Neste dia, Gwen não o acompanhou a escola pois não teve aula, apenas uma prova para os alunos do primeiro ano.
— Oi Charlote.
Continuaram andando juntos e conversando sobre absolutamente nada que fosse tão relevante para ambos. No meio do caminho, quando ficaram sem assunto, Blake sentiu a garota tocando em sua mão. Depois de muito hesitar ela segurou a mão do garoto, que apenas sorriu ao perceber.
Andaram de mãos dadas até o fim do trajeto.
Quando chegou em casa, foi conversar com a irmã.
— Gwen, preciso te contar uma coisa. — ela parou de ler o livro que estava segurando e o fechou, virando sua atenção ao irmão mais velho.
— Pode falar.
— Contei à Charlote que gosto dela, e ela disse que sente o mesmo.
— Parabéns pela coragem, Finn. — ela o abraçou.
Após o abraço, Finney conseguiu perceber que a irmã estava meio cabisbaixa.
— Já que você me contou isso, eu acho que também posso contar, né? — falou ela. — Gosto do Billy, e depois daquele primeiro dia que você nos viu naquela sorveteria, eu me aproximei dele.
Ela parou para que conseguisse contar enquanto seu irmão apenas a olhava, para não pressioná-la.
— Mas então eu percebi que gosto dele. — falou começando a chorar. — E... Eu estou muito triste com por causa disso.
— Você está triste por causa disso? Mas se ele sente o mesmo... — respondeu tentando ajudar.
— Esse é o problema. Nós somos literalmente de mundos diferentes, não tem como isso dar certo de forma alguma.
Finney entendia o quão difícil aquilo realmente era para ambos, a diferença de mundos era o mais difícil de manter uma relação. Ele sentia-se mal por ver sua irmã de 14 anos chorando por uma das situações que deveriam ser uma das mais fáceis de lidar: o amor adolescente.
Queria ajudá-la, mas provavelmente não poderia fazer mais do que a consolar.
— Vai ficar tudo bem, vocês vão conseguir resolver. — ele a puxou para um abraço que foi muito reconfortante para a mesma.
Saiu do quarto da irmã e ficou pensando em maneiras de ajudá-la. Pensou em pedir ajuda à Charlote.
De manhã, quando já estava na escola, foi falar com ela.
— Preciso da sua ajuda. — abordou-a
— O quê aconteceu? — seu sorriso sumiu como se estivesse preocupada.
— Ontem à noite, Gwen me disse que gosta do Billy.
— E isso é ruim?
— Não é ruim, mas acontece que ela sente que não vai funcionar. E eu queria saber se você consegue me ajudar a animar, sei lá. — idealizou ele.
— Ah claro, posso perguntar se ela quer sair para ir ao parque hoje. — sugeriu Charlote.
— Ótimo, muito obrigado. — ele sorriu sem mostrar os dentes.
Quase à noite, após a escola, se ouviu batidas na porta dos Blake. Era Charlote.
— Oi Charlote. — Gwen sorriu ao abrir a porta, dando espaço para que ela entrasse na casa. — O Finn está no quarto dele, quer que eu chame?
Ela estava com uma roupa de passeio e uma bolsa no ombro.
— Não, na verdade... — ela se aproximou de Gwen, que estava pegando algumas torradas no armário. — Eu queria convidar você para ir ao parque que está na cidade. Eu pago.
— Ah... — ela soltou uma risada nasal. — Eu não sei...
Sua dúvida estava fazendo com que Charlote tivesse que pensar em algo mais para conseguir convence-la.
A única coisa que conseguiu pensar foi em falar com Finney, para ver se ele tinha outra ideia.
— Vou ao banheiro, tá bom? — mentiu.
— Claro, pode ir. — ela assentiu, sorrindo sem mostrar os dentes.
A menina foi em direção ao corredor e ao invés de entrar no banheiro, foi em direção ao quarto de Finney.
— Finn! — sussurrou abrindo a porta do quarto.
— Charlote? — ele arqueou a sobrancelha e levantou da cama para conversar com ela.
— Gwen está mostrando dúvida sobre ir ao parque, me ajuda. — falou enquanto o garoto pensava.
— Já sei, vou falar que eu vou sair, então ela não vai querer ficar só.
— Claro, acho que pode funcionar.
Ela saiu do quarto dele e foi em direção ao banheiro para fazer Gwen pensar que ela estava lá. Alguns minutos depois ela saiu e foi até a sala.
— E então? Pensou sobre? — perguntou ela.
— Ah... — foi interrompida pela voz de Finney.
— Gwen, eu vou até a conveniência, vai ficar aí? — disse ele, como se não estivesse visto Charlote ao seu lado. — Ah oi Charlote. — ele sorriu.
— Não... Então eu vou com você, Char.
Ela aceitou ir com a garota depois que viu que o irmão também sairia de casa. Se trocou e elas andaram até o lugar.
Ao chegarem, compraram algodão doce e subiram na roda gigante. Enquanto olhavam a cidade bem lá no topo, Gwen disse:
— Parabéns pela ideia de combinar com o meu irmão.
— O quê? Como você sabia?
— Eu achei que tinha notado algo estranho quando você foi ao banheiro na minha casa, mas minhas suspeitas foram confirmas mesmo quando Finn chegou perto de você e não parecia nervoso. Ele sempre fica nervoso quando está perto de você, mesmo que seja só um pouco. — revelou ela.
Aquela foi uma boa investigação, mas causou um certo tipo de felicidade em Charlote. Ela sabe bem como ele é, e que fica nervoso em muitos momentos, mas saber que era porquê estava perto dela, a alegrava.
— Você é boa em investigar. — falou fazendo a menina dar uma risada convencida e piscar.
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A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.
Fiksi Penggemar[Classif. +12] Na década de 70, aconteceram uma série de sequestros em Denver. Finney Blake foi um dos sequestrados, porém contou com a ajuda dos outros desaparecidos e conseguiu sair vivo com a ajuda da comunicação por um telefone preto. Agora em 1...