Charlote passou os dias seguintes pensando no que acontecera no dia do seu aniversário. Temia que seu namorado fizesse algo que não deveria.
─ Eles dizem que esta cidade é amaldiçoada ─ falou Gwen.
─ Amaldiçoada? ─ Finney repetiu.
─ Sim ─ confirmou. ─ A maldição de Denver.
─ Não sabia que você acreditava nessas coisas, Gwen ─ comentou Charlote.
─ Fala sério! Nós conversamos com fantasmas em um mundo diferente, brigamos com alguém que já está morto. Será que eu sou a estranha por acreditar que tem uma maldição nessa cidade?
Ela tinha um ponto, mas Charlote acostumou-se com aquela forma tão estranha de viver, que começou a tratar como algo comum, algo que todos viviam também.
─ Isso não é importante agora, de qualquer maneira. Temos que descobrir o que aconteceu com aquele cara para estar fora da prisão e como vamos nos livrar do Albert — disse Finney
─ Tinha me esquecido da existência daquele filho da...
─ GWEN! ─ os três a interromperam.
─ Temos que descobrir isso o quanto antes ou ele pode tentar fugir ─ comentou Melanie.
─ Acho difícil. Até porque, se essa tal maldição existe, ele deve ter que ficar aqui para que funcione, não? ─ perguntou Charlote.
─ Não faço a menor ideia ─ Finney respondeu.
A mente dos quatro adolescentes estava com um turbilhão de coisas no momento e Finney esperava muitíssimo que tudo ficasse bem logo. Ele já não suportava mais toda aquela angústia e medo que o estava cercando há alguns meses.
Naquela mesma noite, Finney fechou os olhos com um pressentimento de que veria Robin, poderia ser sua mente em um estado de carência após algum tempo sem conversar abertamente com alguém, mas ele realmente não pensara nisso naquele momento.
─ Robin! ─ ele abraçou o amigo com um sorriso largo no rosto após o ver.
─ E aí! ─ Robin o abraçou sorrindo. ─ E então? O que aconteceu esses dias? Nós não falamos há um tempinho.
─ É que o último capítulo já tem tempo.
Robin ergueu uma sobrancelha e Finney ficara confuso com a frase que dissera, apareceu como algo automático em sua mente. Ele apenas mexeu a cabeça após a pequena confusão mental e continuou:
─ De qualquer maneira, aconteceu algo muito interessante.
─ Então me diz! ─ disse Robin com certa exaltação.
─ Eu pedi a Charlote em namoro.
─ Aê! Não acredito que finalmente criou coragem ─ Robin riu. ─ Vamos, temos que encontrar os outros.
Robin andou em direção à rua para poder atravessá-la.
─ Onde eles estão? ─ perguntou Finney enquanto andava atrás do amigo.
─ Jogando boliche.
Finney deu uma risada fraca, não era novidade para ninguém que virou uma rotina, eles já poderiam dizer que viraram um grupo de amigos, embora Vance não fosse o tipo de pessoa que admitiria isso.
Eles chegaram ao boliche e sem demora avistaram os amigos. Finney viu Vance, Griffin e Bruce, mas um ponto de interrogação começou a surgir na mente dele se perguntando onde estava Billy.
─ Oi gente ─ disse Finney.
─ Oi Finn ─ Griffin sorriu ao vê-lo.
─ Opa Finney ─ disse Bruce.
─ E aí, Blake? ─ Vance falou enquanto jogava uma bola na pista. Ela chegou ao final e acertou todos os pinos. ─ Isso!
Vance deu espaço para Griffin jogar e sentou no sofá, comendo uma batata frita.
─ E então? Quais as suas novidades? ─ perguntou Bruce.
─ Finn agora namora a Charlote! ─ respondeu Robin com antecipação.
─ É, é essa a novidade ─ Finney sorriu timidamente.
─ Aê! ─ Vance riu.
─ Eu já imaginava ─ falou Griffin, dando espaço para a jogada de Bruce.
Blake tentou se conter, mas não conseguiu e teve que perguntar.
─ Onde o Billy tá?
─ Nós não sabemos, não o vimos hoje ─ respondeu Griffin, comendo uma batata frita. Aquela resposta deixara Finney mais intrigado em saber o que Billy estava fazendo.
A última jogada foi feita e os pontos deles foram contados, Vance vencera.
─ Parabéns para mim, seus otários ─ ele falou com um sorriso largo no rosto. Sua típica forma de comemoração, ninguém se sentia ofendido, pois já conheciam sua forma de agir.
─ E aí? Vamos comer alguma coisa? Eu tô com fome ─ propôs Robin.
A batata frita dos três garotos acabara e eles não podiam não concordar. Os cinco foram comer hambúrguer e mais batatas fritas, quando saíram da lanchonete, Finney semicerrou os olhos ao ver algo incomum.
Haviam duas pessoas que pareciam estar se beijando no banco da praça central, e uma delas era extremamente parecida com Billy de costas. Finney prontamente atravessou a rua, sendo seguidos pelo amigo que estavam pouco atrás dele.
Ele não tentaria assustar quem fosse, só queria ter certeza do que vira. Quando se aproximou teve plena certeza de quem era após ver os olhos azuis e o cabelo castanho de sua irmã.
─ Gwen? ─ Finney falou perplexo.
─ Finney? ─ ela rapidamente levantou do banco.
─ Billy? ─ disse Bruce abismado.
─ Gwen... ─ Robin riu após ver a cena que se formara ali.
─ O que aconteceu com toda aquela história de dificuldade? ─ Finney perguntou ainda perplexo. Billy franziu a testa, como se quisesse ouvir mais daquela história.
─ Só se vive uma vez ─ disse Gwen sem pensar, então percebera o que dissera e fez uma breve cara de lamento. ─ Desculpa, pessoal.
─ Cara, esse capítulo ficou interessante muito rápido ─ Griffin riu, então todos o olharam com a testa franzida, querendo entender o que ele dissera.
─ O que você não conseguiu em vida, conseguiu aqui hein, Billy ─ brincou Vance.
─ Isso parece coisa de fanfic ─ comentou Bruce rindo.
─ O que é uma fanfic? ─ perguntou Billy.
─ Eu não sei ─ ele respondeu com naturalidade.
─ Isso me parece mais uma confusão do que outra coisa ─ Finney riu.
─ Agora basta você trazer a Charlote aqui que o clube fica completo ─ Robin riu.
─ Ah, e a Melanie, né? ─ Finney retrucou e Robin tirou o sorriso do rosto, fazendo os outros amigos rirem.
Acontece que Gwen estava mesmo tendo algo com Billy, o que chocou Finney depois do discurso dela, mas ele achou que aquele dia não poderia ter mais surpresas.
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A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.
Fanfic[Classif. +12] Na década de 70, aconteceram uma série de sequestros em Denver. Finney Blake foi um dos sequestrados, porém contou com a ajuda dos outros desaparecidos e conseguiu sair vivo com a ajuda da comunicação por um telefone preto. Agora em 1...