9 | Os Irmãos Graham

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  – FINNEY –

Perguntamos às pessoas que estavam na rua, conseguimos a informação de que o homem se chama Donald e toda Quinta-feira se senta ali por uma hora e vai embora no mesmo carro que vi naquele dia.
 
Queríamos saber qual era a placa do carro, então fomos conversar para achar uma solução.

— Descobrimos. Agora temos que descobrir essa placa, mas não faço ideia de como fazer isso. — Melanie disse com o objetivo de que alguém dissesse uma solução.

— Podemos esperar. Eu e Gwen podemos ir mais cedo à escola por ali na Quinta, assim nós podemos ver ele e tentar conversar. — sugeri.

— Tudo bem, eu concordo. — respondeu a mais nova.
 
Fizemos como prometido. Na Quinta-feira saímos mais cedo e fomos por aquele caminho.
 
Ficamos sentados em um dos bancos até que o homem apareceu e minha irmã puxou assunto discretamente com ele.

— Hoje a temperatura está boa. Melhor do que ontem não é verdade? — ela disse ao homem que por um momento hesitou em responder.

— Sim.

— Acho bom que esteja um dia bonito. Sabe, esses dias não tem sido tão bons para mim e meu irmão, uma de nossas amigas acabou falecendo. — ela falou se referindo a mim.

— Muito triste. — ele falou claramente sem remorso nenhum.
 
Quando avistei o carro preto imediatamente peguei o papel e a caneta que estavam no bolso da frente de minha mochila, para poder ficar mais fácil anotar.
 
Depois de anotar a placa, com o carro ainda longe, minha irmã desejou um bom dia e nós saímos dali em direção à escola.

— Precisamos ir até o Departamento de Trânsito, mas nós não vamos conseguir olhar com alguém lá. Temos que ir à noite. — disse Gwen.
 
Ela disse a Adam e Melanie que teríamos que ir à noite. Depois de muita luta conseguimos convencê-los a ir conosco.
 
No mesmo dia fomos até lá. Lá fecha às 22h então fomos um pouco antes de fechar e ficamos lá e perguntamos algumas coisas apenas para que não suspeitassem de nós.
 
Nos escondemos em um depósito e esperamos que todos saíssem.

— Acho que já foram todos. Vamos sair. — sussurrou Adam.
 
Saímos de lá para ver se já tinham todos saído de fato e estávamos certos. Apesar do medo de alguém nos encontrar ali apenas continuamos.
 
Fomos em direção ao computador, a grande pergunta era como íamos usá-lo.

— Alguém sabe como mexer nisso? — perguntou o Conway.

— Eu sei. — minha irmã se sentou ba cadeira e começou a digitar.

— Onde aprendeu a mexer nisso? — a questionei.

— Alguns livros.
 
Ela pediu que disséssemos a placa para que ela podesse pesquisar no sistema quem era o proprietário do carro.

— TQV-765 — respondi e ela buscou aquilo.

— Achei! Se chama Jack Graham.

— Esse nome me lembra algo... — Melanie parou para tentar se lembrar. — Eu já sei! Esse é o nome do dono de um mercadinho, fica perto da minha casa, meus pais compram lá ás vezes.

— E você se lembra do nome? — Adam perguntou esperançoso.

— Graham's Store. — a ruiva respondeu.

— Amanhã vamos até lá. — disse Adam.

— Tudo bem, mas o que vamos falar? Vamos simplesmente fazer um interrogatório? — pontuou Gwen.

— Podemos perguntar da Charlote e do irmão dele. — respondeu Melanie.

— E por quê?

— Porque o irmão dele se chama Donald. — aquela resposta me fez ficar com esperança de que estávamos conseguindo algo.
 
Combinamos que iríamos lá no final da tarde.

Voltamos para casa, mas não contávamos com uma coisa.
 
Gwen e eu achávamos que nosso pai não voltaria cedo para casa, mas pro nosso azar quando chegamos ele já estava em casa.
 
Tentamos entrar sem falar nada e só passar direto para o quarto porém ele nos parou no caminho.

— Venham aqui. — fomos até ele e colocamos as mãos para trás e ficamos de cabeça baixa. — Que porra vocês estavam fazendo na rua à essa hora?!

— Estávamos com a Melanie. — Gwen disse calmamente esperando que ele respondesse no mesmo tom.

— VOCÊS TEM CASA! — ele parou para se acalmar. — Não é para ficarem até essa hora na rua! Sabem o que pode acontecer?!

— Tudo bem, nós não vamos mais fazer isso. — respondi ainda de cabeça baixa.

— Vão para o quarto.
 
Fomos cada um até seu quarto.
 
Pode ser que eu entenda a preocupação de alguma forma, eu estava sozinho e era dia quando fui raptado, não se sabe o pior que pode acontecer à noite. Mas acho que nada justifica os gritos.
 
De manhã fomos à escola e avisamos a ele que iríamos à casa de Melanie.
 
Estávamos na loja, para poder questionar o dono do carro sobre aquilo.

— Senhor Graham? — Melanie o chamou.

— Ah, oi Melanie. — ele se virou e viu nós todos então abriu um sorriso. — Quem são? Seus amigos?

— É. Eles queriam falar com o senhor.

— Comigo? — ele falou confuso.

— Queremos saber se você conhece Charlote Conway. — no mesmo momento que eu disse aquilo seu sorriso sumiu.

— Tenho que ir. — o homem pegou a grade de bebidas nas mãos.
 
Antes de ele sair Adam segurou a porta e a maçaneta.

— Mas que palhaçada é essa? — ele perguntou à Melanie.

— Só responda o que perguntamos, não é nada demais. — Adam falou em um tom ameaçador.

— Não conheço! Estão satisfeitos?

— Não. Você está mentindo. — Gwen o encarou de cima a baixo.

— Ah é garotinha? E o que te faz pensar isso? — ele a encarou de volta.

— O jeito que você ficou quando nós falamos o nome dela, você estava quase pulando o balcão para fugir daqui. — ela respondeu.
 
Ele chutou a perna de Adam que estava segurando a porta e correu até o carro.

— Aí! Filho da... Vamos, antes que ele vá longe. — o mais velho correu até o careo e nós o seguimos.
 
Ele saiu muito rápido e começou a seguir o homem que estava um pouco a frente de nós.
 
No momento que ele percebeu que estava sendo seguido aumentou a velocidade.
 
Continuamos o seguindo até ele passar um sinal de uma avenida e nós termos que parar.

— Que merda! — ele encostou a cabeça no volante.
 
Perdemos a esperança apenas por alguns minutos, depois nos demos conta de que uma hora ou outra ele teria que voltar para sua loja.

A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.Onde histórias criam vida. Descubra agora