10 | Robin

26 2 0
                                    

– CHARLOTE –

Eu já não aguento mais ficar nesse lugar. Eu olho para as paredes, me sinto solitária e triste, pensando que eu posso nunca sair daqui.

Finney me contou sobre Madison, e se eu estiver certa, o sequestrador é o mesmo, então provavelmente eu não dure muito mais tempo aqui.

Eu estava sentada no sofá velho que tem no lugar que estou, até que ouço um barulho de porta abrindo. Era ele, o homem que vem me mantendo presa aqui. Imediatamente eu levantei.

Não eu não vejo o rosto dele. Toda vez que ele vem aqui usa em tipo de máscara com um chifre e um sorriso bizarro.

— Bom dia.

— Bom dia nada seu desgraçado.

— Está mais calma hoje, que bom. — ele falou ironizando pelo fato de que no dia anterior eu simplesmente não aguentava mais e surtei. Tentei bater nele, infelizmente sem sucesso nisso, mas eu pelo o xinguei.

— Hum. — murmurei e cruzei os braços. — Eu não entendo o porquê de vocês ainda estarem me mantendo presa nesse lugar horrível.

— Você sabe o quê é retaliação? — ele fechou a porta e se sentou no sofá que eu estava.

— Sim. Eu não sou idiota. — zombei.

— Acho melhor você não me provocar. — ele se levantou furioso do sofá e segurou meu braço com muita força. — Já que você não é idiota, deve saber quem está na vantagem aqui. — ele falou e saiu batendo a porta com força.

Me apoiei no canto da parede e fui me abaixando até ficar sentada no chão, assim não consegui mais segurar, chorei muito.

Quando já faziam 10 minutos que ele havia saído e eu estava chorando eu decidi ligar para uma das únicas pessoas que está me ajudando.

— Alô? Finn? — perguntei assim que a ligação havia sido atendida.

Charlote? Ah oi! — pude ouvir seu riso enquanto ele falava. — Você tá bem?

— Mais ou menos. — eu ri de volta, apenas falar com ele me anima. — Eu não aguento mais ficar aqui. Você conseguiu alguma coisa?

Eu consegui. Eu, Gwen, seu irmão e Melanie fomos até a loja dos Graham porque eu vi o irmão dele entrando em um carro preto quando estava indo para a escola e essas coisas.

— Mas você conseguiu tirar alguma informação dele? — perguntei esperançosa.

Eu fui tentar perguntar para ele de você e então ele mudou de assunto. Nós estávamos na loja e o Adam segurou a porta para que ele não passasse, mas aí ele chutou ele e fugiu. Nós pelo menos ainda temos esperança de que ele vai voltar porque ele tem que vender.

Talvez. — tentei animá-lo, mas eu não tenho tanta certeza de que ele vai voltar, ele já deve ter percebido que eles estão desconfiando dele.

Nós vamos te achar. — ele falou com tanta convicção que eu quase comecei a chorar de novo enquanto ainda estava em ligação.

— Claro que vão.

Até mais, Charlote. — ele desligou.

Eu me deitei novamente para tentar me livrar dos pensamentos ruins que tem passado na minha cabeça ultimamente, até que...

Comecei a sentir que tinha alguém comigo. Eu estava com os olhos fechados então abri rapidamente. Não vi ninguém e voltei a deitar, logo depois senti que tinha alguém comigo de novo.

— Oi. — a voz falou calmamente, então me sentei na cama rapidamente.

— ROBIN! — gritei para o menino que estava sentado no canto da cama.

— Oi Charlote. — ele sorriu para mim.

— Mas como você está aqui?! — exclamei.

— Uma longa história. Mas a questão é que eu consegui vir aqui porquê tenho que te dizer uma coisa, sobre quem te sequestrou. — ele disse e automaticamente eu arregalei os olhos e prendi minha atenção no que ele iria falar. — Avise ao Finn. Os Graham não são os que estão aqui, ou melhor, não é o homem que está aqui.

— O quê?!

Robin foi interrompido por um barulho vindo da porta. Era ele vindo trazer comida.

Quando me dei conta o garoto já tinha sumido.

Ele disse que eu deveria avisar Finney então eu logo me levantei e fui até o telefone para discar o número.

Alô? — uma voz sonolenta atendeu o telefone, provavelmente de Gwen.

Estava de manhã, quando liguei o sol estava começando a aparecer então ela devia estar dormindo e eu a acordei.

— Gwen? Oi! Preciso dizer uma coisa muito importante. Seu pai está em casa? — eu não poderia arriscar que o pai dela perguntasse quem estava no telefone ou então poderia os proibir de continuar tentando me encontrar.

Não, por quê?

— Eu acabei de ver Robin. Ele falou uma coisa para mim. Que os Graham não são os homens que estão aqui, mas temo que ele iria falar algo a mais, só que ele sumiu antes que pudesse me contar.

Tudo bem, eu vou contar para os outros. — eu respondi um "ok" e ela se despediu e desligou a chamada.

Agora só me resta esperar e ver o que vai acontecer, ou se ele ou outra pessoa aparecerá aqui.

A MALDIÇÃO DE DENVER, Finney Blake.Onde histórias criam vida. Descubra agora