Clary
Hoje é o grande dia! Um grande dia para toda a minha família e principalmente pro meu irmão. Hoje ele finalmente se torna um membro do Ciclo!
Acordo já escutando os barulhos da organização lá em baixo. São sete horas da manhã, um pouco mais cedo do horário que eu costumo acordar, mas como hoje é um dia importante, é melhor não correr risco de me atrasar. E também eu não sei se conseguiria dormir com todo esse barulho. Depois de me trocar e fazer minhas higienes matinais, desci pra tomar café e quando estava descendo as escadas, encontrei Frank, o nosso mordomo, dando ordens para as pessoas que estavam arrumando as coisas no salão da mansão, onde aconteceria a cerimônia e a festa.
- Bom dia, Frank! - Ele se virou quando me escutou e se virou para as pessoas novamente.
- Isso é tudo. - Ele os dispensou e veio até mim. Eu já havia terminado de descer as escadas. - Bom dia, Clary! Dormiu bem? - Ele me cumprimentou com um sorriso.
Frank é o mordomo da família Fairchild há muitos anos, desde que meu avô era solteiro, e ele é muito mais que um mordomo pra nós, na verdade, principalmente para o meu avô. Os dois são amigos, muito amigos pra ser sincera. Frank é poucos anos mais velho que meu avô e quando eles eram jovens, o vovô quase morreu, mas ele o salvou, quando ainda nem trabalhava na mansão. Ele não é um nephilim e nem submundano, mas sim um mundano com a visão. Eles se conheceram em Londres, quando um demônio Devrak atacou o vovô. Ele foi ferido e se não fosse pelo Frank, teria sido morto. Desde aquele dia meu avô tem uma dívida com ele. Ele não tinha a obrigação de ajudá-lo e poderia ter sido ferido também, mas mesmo nem sabendo com o que estava lutando, ele o fez. O vovô queria recompensá-lo, mas ele nunca aceitou, porém, uma tragédia aconteceu. Toda a família de Frank foi morta por pessoas que já estavam perseguindo eles a muito tempo, e ele ficou totalmente sozinho. Meu avô ficou sabendo e queria ajudá-lo de qualquer forma, então o levou para o Instituto de Londres, onde já havia alguns mundanos com a visão que serviam os shadowhunters, mas na verdade, ele queria que ele fizesse o treinamento e tomasse do cálice, para ser um shadowhunter também, já que viu um grande potencial nele, porém ele nunca falou com a Clave, porque Frank não quis isso, então ele o trouxe para Idris. Nossa família não o criticou, pelo contrário, o apoiaram, e acolheram Frank aqui. De primeira ele não queria aceitar vir pra cá, pois não queria incomodar ninguém, mas meu avô sempre disse que era o mínimo que ele poderia fazer, e com o tempo ele foi se acostumando, e até começou a treinar por insistência do vovô, e eles acabaram se tornando amigos. Como o antigo mordomo estava para se aposentar, Frank começou a ajudá-lo, pois queria retribuir a bondade que os Fairchilds tiveram com ele, e quando ele se aposentou, meus bisavós propuseram que ele assumisse esse cargo, já que nunca conseguiram convencê-lo a se tornar um shadowhunter, e desde então, ele é o nosso mordomo. Ele cuida de tudo na mansão, nada acontece sem que ele saiba e nunca, sobre suas ordens, alguma coisa dá errado. Ele participou de tudo, do casamento dos meus avós até o nascimento da Stella, e agora, a cerimônia do Jonathan. Ele sempre cuidou de nós, e sempre nos deu ótimos conselhos. Pode-se dizer que ele é como um terceiro avô pra gente.
- Muito bem! E você?
- Bem também! Seus pais e seus avós estão na sala de jantar tomando café. Se me der licença, eu preciso conferir algumas coisas. Tudo tem que estar em ordem e nada pode dar errado!
- No seu comando, nada dá errado! - Nós dois rimos e cada um seguiu seu caminho. - Bom dia! - Disse com um sorriso assim que entrei na sala de jantar.
- Bom dia! - Eles responderam também com um sorriso.
- Acordou cedo hoje, querida. - Minha vó disse tomando um pouco de café.
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E Se? - A História Contada De Uma Maneira Diferente
FanfictionE se a história que conhecemos fosse diferente? O que teria acontecido se Valentine tivesse tomado outro caminho? Se ele não tivesse cometido os erros que cometeu, será que tudo mudaria? E se os personagens que conhecemos tivessem vivido uma vida di...