Cores De Um Novo Começo

Capítulo 11

O médico me fez ficar internada por mais dois dias, e foram os dois dias mais longos da minha vida. Nesses dois dias a única diversão que eu tive foi assistir televisão, ainda estou sem celular então a primeira coisa que preciso fazer assim que sair daqui será comprar um celular novo.

Ben não apareceu mais aqui e eu agradeci por isso, pois ninguém tentou me matar ou me drogar nesses dias.

Agora nesse exato momento estou me trocando para sair desse hospital. O médico disse que ia me liberar se eu prometesse não fazer esforços e tomar os remédios certinho, e eu claro que concordei pois é minha saúde que está em risco e morrer aqui não está na minha lista de desejos.

Pedi para a moça da recepção me chamar um táxi e enquanto isso fiquei sentada em um banco em frente ao hospital.

- Quer uma carona? - Sinto alguém colocar a mão no meu ombro.

Assim que me viro vejo Ben, por um momento eu pensei ter me livrado dele e agora ele acaba de aparecer novamente, como eu não tenho sorte mesmo.

- Não obrigado, já chamei um taxi!

- Por que sempre que tento ser gentil você é grossa comigo?

- A questão não é ser grossa, é que eu estou passando por várias coisas ruins e todas elas aconteceram depois que você apareceu no meu caminho. - Me levanto do banco e respiro fundo. - Olha acho que é melhor você parar de me procurar para o meu próprio bem.

- Estou aqui para me desculpar. - Ele me olha sério e me entrega uma caixinha.

Abri para ver o que tinha dentro da caixa e era um celular, será que ele está tentando me comprar?

- É uma oferta de paz. - Ele estende a mão.

- Por que você está fazendo tudo isso?

- Será que você é surda? -Ele revira os olhos. - Acabei de dizer que é uma oferta de paz.

- Agora é você que está sendo grosseiro.

- Me desculpa. - Ele respira fundo. - Eu só quero que a gente se entenda, tudo bem?

Ele já está me cansando, então vamos acabar com isso de uma vez.

- Está bem. - O taxi chega. - Aceito suas desculpas, mas agora eu preciso mesmo de ir.

- Está tudo bem. - Ele sorri. - Só não esqueça do nosso acordo, meu número está salvo no telefone então pode me ligar quando estiver melhor.

- Está bem.

Entrei no táxi e voltei para o hotel.

Estou precisando de um banho e de relaxar um pouco, mas como meu ferimento ainda não cicatrizou direito, não vou arriscar de molhá-lo então vou tomar banho na banheira. Arrumei minhas roupas para depois do banho e coloquei o meu celular novo para tocar uma música suave.

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