EKSTASE ➛ CHRIS SCHISTAD

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DEZ E VINTE DA NOITE

A pré-festa em casa do William não foi a melhor ideia do mundo, visto que me sentia alcoolizada e nem sabia o quanto tinha ingerido. Para piorar, a viagem de carro foi bastante confusa e com várias curvas e contra curvas até ao recinto.

Apenas me lembrava das gargalhadas dos rapazes e da sobriedade de William. Pouco bebeu na sua casa, devido a ter o carro. No entanto, não deixou de se rir de nós.

Caminhava junto dos quatro rapazes para a zona do palco, onde o primeiro dj contratado atuava, a animar as poucas pessoas que chegavam. Iam-se aglomerando diante do palco. Olhava para o meu telemóvel, esperando as respostas das raparigas e também a de Chris.

Não sabia se já estava no local ou não.

- Arya! - Ao virar-me para trás, as cinco raparigas alcançaram-se num ápice.

Rapidamente o recinto começou a ficar movimentado e as músicas a tentarem-me. Ainda que estivesse ligeiramente embriagada, o facto de estar preocupada não me permitia animar-me ou acompanha-las nas danças e cantorias.

Sentia várias vezes William a olhar para mim. Ele sabia exatamente o que acontecia comigo, pois ao olhar para ele, percebi que se sentia igual, mesmo com os amigos e com Noora presentes.

Estávamos ambos muito preocupados. O tempo passava e nem um único sinal do moreno. Nem a William respondia há imenso tempo.

- O que se passa com vocês os dois?

- Chris. Mas nada de importante. - Ela segurou a minha mão, afastando-nos da confusão. - O Chris está na festa. Vi-o quando cheguei.

- Estranho... Ele não me disse nada. - Ela procurou algo no telemóvel, antes de virar o ecrã para mim. Até hesitei em olhar. - Pois... Deve ser o motivo para não me dizer nada.

- Desculpa amiga, mas não ia conseguiste guardar isto de ti. E não quero que ele te engane, não mereces. - Suspirei frustrada. - Dá para ver o quão bêbedo está, mas para mim, não é desculpa e acho que ias querer saber.

- Obrigada Noora. Achas que me podes enviar a foto? - Ela assim o fez. - Obrigada. Vamos voltar, esquecer isto e divertir-nos.

Ela mostrou-me uma expressão desanimada, mas acabou por vir comigo para junto delas.

Entre fotografias, vídeos, risadas e cantorias, uma hora passou num ápice. Estava chocada pela quantidade de pessoas que enchiam o recinto. As feições de quem andava na Nissan e também que andavam em escolas diferentes.

A notícia da festa espalhou-se por Oslo, tornando o espaço lotado em menos de uma hora. Estava a adorar o ambiente junto das minhas amigas e dos penetrators. Ficamos juntos.

Alguns dispersavam por qualquer interesse, mas, no fundo, ficaram perto de nós. Dancei inúmeras vezes com o meu irmão.

Até que senti umas mãos nos meus ombros e ao olhar para cima, era William quem me segurava e mostrava uma expressão animada. Porém, foi sol de pouca dura. Estranhei. Olhei para onde olhava e aconteceu-me exatamente o mesmo.

Balancei apenas a cabeça, desiludida.

- Eu sei que não é desculpa, mas o que aconteceu com os pais dele... - Encarei-o.