Holidate

Cap.16 Não quero falar com ela

Callie passou o dia no clube jogando golfe, melhor dizendo, tentando jogar golfe. A latina estava aérea, distante e tentando entender o comportamento de Arizona.

Em sua concepção jamais fez algo que pudesse envergonhar Arizona, muito pelo contrário, Torres é dona de uma educação formidável. Ela sabe entrar e sair de qualquer lugar de cabeça erguida.

Talvez o único momento em que se comportara mal, foi quando avistou Arizona de papo com Link no shopping e não fez questão de esconder o ciúme, simplesmente se aproximou tomando os lábios convidativos da loira para si em um longo beijo ardente. E no findar daquele cumprimento onde marcara território a levou com posse para outro lugar, estragando toda a magia dizendo que elas não eram nada, apenas ferigatas.

Fora esse fatídico dia em que se encontrou ameaçada por um outro alguém tão belo e atraente quanto si, Callie temeu perder a loira mais logo teve o coração sossegado.

Elas fizeram amor na manhã seguinte ao feriado com tanto desejo, com tanto amor. Que Callie podia sentir os toques de Arizona em cada milímetro do seu corpo.

Pena que tudo o que é bom dura pouco, os bons pensamentos que gostaria de dividir com Arizona foram para o ralo quando Tedd bateu a porta desesperada gritando que tinha beijado o pantera negra.

E quando viu a latina sair do quarto da irmã perguntou se elas haviam feito sexo e a mesma negar na cara dura, porém a latina a desmentiu, o que causou um clima desconfortável e Callie deixar o local.

No fim da tarde Lúcia ligou para Callie a chamando para um jantar em família, a mais nova até tentou recusar o convite da mãe dizendo que tinha outros compromissos, entretanto se viu em uma sinuca de bico quando ouviu que era uma ordem sua presença.

Sem ter mais o que fazer e como argumentar com sua mãe, Callie passou em casa para tomar um bom banho e se arrumar para ir a casa dos pais.

Assim que chegou, Lúcia a tomou pela mão e a levou para seu antigo quarto, se sentou na cama e colocou a filha em seu colo, pacientemente a esperou falar .

E como uma criança, Callie chorou baixinho até criar coragem para contar a sua mãe aonde doía.

-Mamãe não consegui jogar hoje.

-Por que querida?

-Meu corpo está estranho e meus pensamentos confusos.

-O que houve? Me conte como tudo aconteceu, ok?

-Ta bom. Ontem foi feriado do dia das bruxas, chamei a Arizona pra ir comigo. Mais um feriado normal entre a gente.

-Sim...

-Bebemos, nos divertimos bastante até Arizona passar mal.

-E...

-A levei pra casa e cuidei dela.

-Certo.

-Hoje de manhã fizemos amor.

-Isso já vem acontecendo há um bom tempo, o que teve de diferente dessa vez?

-Deixei que ela tocasse a minha cicatriz...

-Ela foi rude. Desrespeitosa. Com você?

-Ela foi um doce. Super delicada. Me fez sentir total confiança em receber seus carinhos.

-Ela te machucou?

-Não machucou, doeu um pouco. Um tipo de ardência suportável.

-Sangrou?

-Não teve sangue. Apenas prazer.

-Ela tocou só na cicatriz ou em outros lugares?

-Mamãe!