Cap. 19 Japão

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Saí da casa de Arizona com o peito vazio, pois deixei meu coração em suas mãos e pulsando forte em seu ventre. Eu não queria ir, queria ficar beem perto da dona do meu mundo.

Estava  angustiada por deixá-la e muito puta com o que ia encontrar no Japão. Há uns meses comprei a Tokio Games, uma empresa japonesa que estava a beira da falência por má administração.

Claro que como toda gestora, fiz mudanças no quadro de funcionários e na política interna da organização e implantei novas regras já que me tornei a nova dona.  Normal.

Encontrei com Mark, Lexie e Bailey no aeroporto. Sim, Bailey, a dona do restaurante que gentilmente me dá suporte jurídico sempre que preciso.

Pra quem não sabe Bailey é uma baixinha de 1.50 e uma advogada renomada que foi obrigada a deixar o tribunal depois de um infarto.

Na medida em que ia lendo e relendo os relatórios semanais,  mensais, por setor e o balancete geral, minha ira subia mais e mais a cada linha.

Assim que desembarcamos Lexie pegou todas as malas e levou para o hotel enquanto eu, Mark e Bailey seguimos para a Tokio Games. Juntos, verificamos toda a papelada e descobrimos que uma funcionária desviava muito dinheiro para a conta do antigo dono, e tivemos a confirmação através das câmeras de segurança e a ajuda de um engenheiro da computação.

Claro que nossa descoberta não foi da noite pro dia, demorou 01 mês. Longos trinta dias longe de casa, longe do meu amor.

E o pior de tudo era que eu nem podia ir em casa ver como as coisas estavam, as poucas notícias que tive de Arizona foi através do Whatsapp, e mesmo assim, respostas dadas depois de muito tempo, pois quando eu podia falar, ela não podia, e quando ela podia eu não podia.

Minha carga horária chegava à quase 20h de trabalho, eu mal me alimentava, emagreci bastante e andava mega estressada.

Então tomei a difícil decisão,  demiti todos os funcionários e fechei a empresa. Mark e Lexie acharam burra e precipitada minha atitude,  porém,  não iria continuar com uma empresa cujo rombo milionário era por dia e os funcionários não trabalhavam direito.

O único apoio que tive foi de Bailey, ela teve a mesma visão que eu já no aeroporto de NY.

-"Corta o mau pela raiz, Torres "-foi o que aquela baixinha visionária disse na medida em que ia lendo os relatórios enviados por Ali Mon Bay-

Ali Mon Bay é o funcionário do financeiro e engenheiro da computação que descobriu o que estava acontecendo e enviou o relatório original para Lexie, segundo ele,  o antigo dono estava aliciando alguns funcionários fazia tempo. Tudo para ter sua empresa de volta as custa de algum bobo.

No caso a boba fui eu, comprei uma empresa toda maquiada.

Claro que paguei o engenheiro da computação para pegar todo o meu dinheiro que foi desviado , não iria sair no prejuízo. Meu nome é Callie Torres.

Fujima, quando soube que saí  lucrando em cima até da poeira da empresa, ficou louco. O homem queria a todo custo me culpar pelo erro dele, chamou a polícia e me processou.

Lexie voltou a NY depois de duas semanas para me manter informada de tudo, Mark pediu para voltar faltando uma semana para o julgamento, ele alegou urgência assim como também não saia do celular.

Restando somente Bailey e eu, fomos a julgamento. Por sorte andou até rápido.

Bailey simplesmente brilhou no Japão, ela foi gigante no tribunal, apresentou incontestáveis provas e mandou até o juiz calar a boca e deixar de ser desonesto, já que o mesmo estava tentando influenciar no julgamento porquê já havia escolhido um lado.

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