Plano de Vingança | Jeongcheol

3- Passado é passado PT.2

Segui em passos rápidos até sua sala.

Pensei estar preparado para esse momento... Pensei que quando a hora chegasse iria entrar em sua sala, quebrar os possíveis vasos chiques e caros que ele provavelmente deve ter e gritar para toda empresa o quanto o chefe venerado por eles é um completo babaca.

Mas a verdade é que minhas mãos estão tremendo, estou suando frio e minha voz parece que não vai sair, eu não estou preparado para isso.

— Pode se sentar, Jeonghan – foi aí que percebi que já estava em sua sala.

Me sentei em uma das poltronas a sua frente e me recusei a olhar em seus olhos.

— Você aceita um café? – ele perguntou enquanto digitava algo no celular.

— Não. Vamos direto ao ponto, creio que tenho trabalho a fazer. – Então ele finalmente largou o celular.

— Hm, tudo bem. Jeonghan quero que saiba que apesar do passado, aqui é o seu trabalho, espero que isso não interfira na sua vida profissional, afinal, passado é passado, certo? –  Ele possuía um sorriso calmo enquanto falava essas coisas ridículas.

Ridículo, Seungcheol. Você é ridículo.

Eu gostaria de chorar, mas coloquei um sorriso na cara porque não posso colocar todo o meu plano em jogo.

— Mas é claro, Choi. Somos adultos agora, o passado é passado.

— Ótimo, isso é ótimo – seu sorriso cresceu – Jeonghan eu percebi que o seu currículo é ótimo, e precisamos de você para um projeto super importante, vi que você já trabalhou com o Junhui, e bom, precisamos dele.

— Sinto muito te decepcionar, mas o Junhui odeia colaborações, principalmente com empresas grandes.

— Então acho que você vai ter que trabalhar duro, ou acha que não consegue? – seu olhar era desafiador, e por mais que eu não consiga, eu adoraria quebrar o vaso caro que está perto da porta na cabeça dele.

— ... Bom, é pra isso que eu estou aqui então tenho que conseguir.

— Então será um prazer trabalhar com você – ele estendeu sua mão e eu hesitei antes de segura-la, mas não tive muita opção, infelizmente ele ainda é o meu chefe.

— O prazer é todo meu, Seungcheol.

[...]

Estava terminando de arrumar minha mesa, torcendo para a hora do almoço chegar logo.

Mais um ponto bom em trabalhar em casa: o almoço é a hora que eu quiser.

— Cara não acredito que ele te deu um trabalho tão difícil no seu primeiro dia – Hoshi não parava de falar desde a hora que eu cheguei, eu acho que ele não tem trabalho para fazer.

— Não tem problema, acho que consigo convencer o Junhui.

— Você e o senhor Choi tem algum tipo de rivalidade? – ele parecia totalmente interessado nisso.

Eu poderia simplesmente colocar na boca da empresa toda o nosso passado, mas isso seria muito... Sem graça.

Iriam fofocar por um tempo e logo depois iriam esquecer, afinal é o nosso chefe.

— Definitivamente nunca vi o Choi na minha vida. – Respondi enquanto pegava minhas coisas para ir almoçar, deixando Hoshi para trás.

Joshua já me esperava do lado de fora do meu setor.

— Josh, nunca pensei que eu fosse uma pessoa tão paciente. Consegui ficar cinco minutos na sala do coiso sem quebrar nada na cara dele, meu terapeuta vai ficar orgulhoso.