SEUNGCHEOL, 14:56 PM
Talvez eu só esteja nervoso, mas tenho certeza que essa viagem já está sendo um desastre e nós nem chegamos no destino ainda. Saímos de casa um pouco antes do meio dia, eu simplesmente esqueci o quão longe nós vamos, Jeonghan deve estar morrendo de fome...
Parabéns Choi Seungcheol, esse encontro vai ser inesquecível depois de deixá-lo morrer de fome.
- Já estamos chegando? – Jeonghan já havia tirado seis fotos da estrada.
Não sabia que ele gostava de fotos, mas, qual a graça de tirar foto seis vezes de praticamente o mesmo cenário?
- Falta pouco, juro! – choramingo enquanto acelero mais o carro – Você está com fome, não é? Desculpa...
- Tá tudo bem, Cheol. A gente almoça quando chegar - sua mão foi de encontro a minha coxa, deixando um carinho ali - Já pode me dizer pra onde estamos indo?
- Ah não, não vai ter graça.
- Tô desconfiando que você tá tentando me sequestrar.
- Talvez eu esteja... - sua mão abandonou minha perna e por um momento senti falta daquele toque.
- Para de graça, se você me contar eu te dou um beijo - sugeriu com um sorriso ladino.
- Acha que eu me vendo assim tão fácil? - reviro os olhos enquanto no mesmo momento já conseguia ver a placa de boas-vindas da pequena cidade - É só uma praia particular, tenho uma casa por lá, não é nada demais.
- Fala sério, essa foi a frase mais rica que eu já ouvi vindo de você, preciso colocar isso no seu dicionário rico - ele começa a digitar freneticamente no celular, não acredito que realmente fez um "dicionário rico".
- Tá, mas e o meu beijo? - fiz um biquinho já o esperando.
- Eu não disse quando te beijaria - largou o celular e a mão voltou a pousar na minha perna, mas seu olhar se mantinha na janela observando a movimentação - É sério mesmo? Tipo, você tem uma praia só sua? Ninguém vai lá?
- É, tipo isso - sorri sentindo o carinho singelo na minha perna coberta pela roupa.
A cidade com poucos habitantes estava bastante movimentada devido a feira artesanal que teria essa noite. Essas feiras são bastante comuns por aqui nos finais de semana, é uma pena que não seja tão reconhecida, tenho certeza que atrairia muitos turistas. Pretendo trazer o Jeonghan a noite, até porque não tem muito lugar pra visitar por aqui.
Nos afastamos da cidade, já era possível ver o litoral. Desviei o olhar do trânsito para fitar o garoto ao meu lado, que olhava para o mar lá longe com os olhos brilhando, um sorriso terno sentindo o ar que entrava pela janela bater em seu rosto. Essa foi uma das cenas mais lindas que já vi.
Soltei uma das mãos do volante apenas para entrelaçar com a sua e voltei a prestar atenção na direção. Talvez essa viagem ainda não esteja arruinada.
Depois de quase 15 minutos chegamos até a minha casa que ficava pouco distante da cidade. A parte mais montanhosa e consequentemente mais fechada, onde as pessoas não costumam ir por saber que se trata de áreas privadas.
- Caramba, isso aqui parece um paraíso! - Jeonghan agarrou meu braço olhando tudo ao redor com um sorriso no rosto.
- Lindo, não é? Acho que agora já mereço meu beijo. - Me lança um olhar sarcástico e me deixa um beijo na bochecha - a não, esse não vale!
- Você só sabe reclamar!
Entramos juntos na casa que não era tão grande. Tenho essa casa desde que comecei a trabalhar, sempre amei o mar então foi a primeira coisa que comprei. Desde então sempre venho quando quero descansar e ficar sozinho, Jeonghan é a primeira pessoa que trago aqui.
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Plano de Vingança | Jeongcheol
أدب الهواةJeonghan sempre fora ensinado que a vingança é um prato que se come frio. Pois bem, depois de anos remoendo todos os sentimentos ruins que Seungcheol o fez passar em sua adolescência, finalmente a hora do seu banquete estava chegando.