Entre um raio de Sol e outro, a dupla de pequenos yokais macacos perambula pela floresta, catando mirtilos, caçando lebres gigantes para consumir a carne e a pele, subindo nos coqueiros para uma água de fruta fresca. Uma parte da trajetória tranquila e fácil de percorrer. Decidiram fazer uma pausa, onde conferem seus suprimentos, sentados no chão.
- Frutas? - Wukong pergunta enquanto come uvas.
- Ok - Macaque puxa um saco delas.
- Roupas?
- Ok - Macaque puxa outra trouxa.
- Vara de pesca?
- A última quebrou.
- Esquece, podemos pegar peixes com a rede.
- Certo.
- Cajados?
- Meio ok? - Macaque puxa dois deles quebrados.
- Ah... acho melhor arrumar outros.
- Já está ficando tarde - Macaque junta tudo em uma trouxa maior e se levanta -, vou aceder uma fogueira.
- Precisamos de mais água.
- Vamos acampar perto daquele rio que vimos mais cedo, como fica no caminho, não vai nos atrasar. Assim resolvemos o problema da água.
Fogueira acessa, colchões de folhas feito, estão tranquilos deitados esperando o sono chegar. Wukong ouve um som estranho e logo deduziu:
- Macaque... se queria mais um pedaço de peixe era só falar, não precisa ficar chorando.
- Uh? Eu chorando? Estou quase dormindo.
- Mas eu ouvi...
O barulho fica mais alto.
- Wukong! - Macaque, sem perceber, vai para perto do amigo.
- Shhh... não grita - Wukong levanta do colchão e segura o tacape que fez mais cedo. Vai até a moita mais próxima, de onde o barulho parece se originar.
- Se for um tigre... - sugere Macaque, sentido o medo crescer.
- A gente enfrenta! - Wukong berra ao afastar as folhas da moita de uma só vez. Uma anta dorme e sua pequena tromba faz ruídos estranhos.
- É só uma... anta roncando - Macaque quase ri, respira aliviado.
- Quer comer? - Wukong aponta com o tacape.
- Já estou cheio - Macaque volta para seu colchão.
- Chô! Chô! - Wukong expulsa a anta para que possam dormir.
No dia seguinte, Wukong pula e puxa as cobertas do amigo.
- Hora de levantar!
- Meu corpo está doendo.
- Não acredito que está doente - Wukong tocou no pulso dele e pode sentir a temperatura elevada.
- Nada de dormir no sereno de novo... - Macaque se enfia sob o lençol.
- Vou fazer remédio! Espera aí - o yokai corre para colher ervas e raízes. Dez minutos depois, coloca tudo para cozinhar e espera esfriar quando fica pronto.
- Aqui! - Wukong estende a metade de uma cabaça com um líquido verde escuro, grosso como musgo e cheirando forte, um odor de lacrimejar os olhos. - Toma tudo.
- Urg! - Macaque vira a cara.
- Se beber de uma vez, nem vai dar para sentir o cheiro ou o gosto.
- É, talvez - Macaque faz careta e bebe tudo o mais rápido possível.
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Wukong & Macaque
ФанфикA infância de dois yokais não poderia ser mais agitada. Wukong e Macaque são melhores amigos, agentes do caos, fazendo todo tipo de travessura com os outros yokais primatas da ilha onde moram. Depois de ouvir a lenda do bastão mágico, contada pelo m...