[V̶e̶r̶m̶e̶l̶h̶o̶ S̶a̶n̶g̶u̶e̶]
ᵃᵈʲᵉᵗⁱᵛᵒ ᶜᵒᵐᵖᵒˢᵗᵒ
1. O vermelho é a cor do elemento 𝘧𝘰𝘨𝘰, do 𝙨𝙖𝙣𝙜𝙪𝙚 e do 𝙘𝙤𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 h̶u̶m̶a̶n̶o̶. Simboliza a chama que mantém vivo o d͟e͟s͟e͟j͟o͟, a e͟x͟c͟i͟t͟a͟ç͟ã͟o͟ s͟e͟x͟u͟a͟l͟ e representa...
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𝗔 𝗣𝗥𝗜𝗠𝗘𝗜𝗥𝗔 𝗖𝗢𝗜𝗦𝗔 𝗤𝗨𝗘 𝗠𝗘 atingiu quando cruzamos a porta da casa dos Denali foi o calor. Não o calor físico, claro - algo que não sentia mais desde minha transformação - mas uma sensação quase tangível de acolhimento. A mansão deles era completamente diferente da dos Cullen. Onde a casa em Forks era cercada por árvores altas e envolta por neblina, o refúgio em Denali parecia parte da própria paisagem gelada, uma extensão das montanhas cobertas de neve e do céu cinzento que se estendia acima. Tudo parecia equilibrar a frieza do ambiente externo com um aconchego discreto e elegante no interior.
Kate e Tanya nos receberam com uma mistura de curiosidade e gentileza, o que ajudou a amenizar a ansiedade que vinha crescendo em mim desde que deixamos Forks. Aquelas duas mulheres radiavam força, mas era uma força diferente da que eu estava acostumada a sentir na presença dos Cullen. Elas pareciam mais livres, menos presas à gravidade de responsabilidades constantes. Era um contraste que não pude deixar de notar, mesmo enquanto minha mente estava distraída por todas as perguntas não respondidas que me acompanhavam.
Enquanto caminhávamos pela casa, fui absorvendo os detalhes. Os móveis, a luz suave da lareira, as janelas amplas que exibiam a vastidão branca lá fora... Tudo parecia cuidadosamente pensado para criar um equilíbrio entre o luxo e o despojamento. Mas, por mais bonita que fosse a casa, havia uma parte de mim que não conseguia relaxar completamente. Cada passo, cada conversa, era apenas um prelúdio para o verdadeiro motivo pelo qual estávamos ali.
Quando Eliezer chegou, acompanhado por sua esposa, senti um aperto no peito. Ele tinha uma presença inegável, como se carregasse séculos de sabedoria em cada gesto. Assim que ele falou, cada palavra parecia pesar mais, como se carregasse significados ocultos que precisariam de tempo para serem descobertos. Eu sabia que a conversa com ele seria o ponto de partida para entender o que eu era - o que significavam minhas visões e minha conexão incômoda com a morte.
Depois que os cumprimentos iniciais foram feitos, eu me vi sentada frente a frente com Eliezer em uma sala mais reservada. Era estranho estar ali, tão exposta, mas ao mesmo tempo, havia algo nele que inspirava confiança. Ele me analisava como se estivesse vendo algo que nem mesmo eu conseguia enxergar.
── Então, Amélia ── ele começou, sua voz carregada de calma e autoridade. ── Me fale sobre suas visões. O que você sente quando elas vêm?
Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos.
── É como se eu fosse arrancada de onde estou e jogada em um lugar que não deveria estar. Tudo é rápido, confuso. As cenas vêm como flashes, sempre relacionadas à morte. E quando termina, fico com uma sensação de... vazio. Como se parte de mim tivesse sido levada junto.
Ele assentiu lentamente, como se já esperasse aquela resposta.
── Fascinante. Você não apenas testemunha a morte, mas parece se conectar a ela de uma maneira mais profunda. Me fale sobre sua vida antes da transformação. Há alguma memória que se destaque?