𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟳. 𝗥𝗲𝗳𝘂́𝗴𝗶𝗼

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𝗢 𝗠𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗖𝗜𝗔 ter desacelerado desde aquela noite em Port Angeles

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𝗢 𝗠𝗨𝗡𝗗𝗢 𝗣𝗔𝗥𝗘𝗖𝗜𝗔 ter desacelerado desde aquela noite em Port Angeles. Eu conseguia me lembrar de cada detalhe, como se os eventos ainda estivessem gravados na minha mente - o cheiro do sangue, a tensão que percorreu meu corpo como um raio, e, acima de tudo, o toque de Jasper.

Ele tinha me tirado de lá, firme e silencioso, sua presença tão constante quanto o chão sob meus pés. Mas o que realmente havia ficado comigo não era apenas o fato de ele me ajudar. Era como ele tinha feito isso. Sem julgamento. Sem hesitação. Apenas... cuidado. E no carro, quando eu desabei, ele não tentou consertar nada. Ele só esteve ali, segurando minha mão, me permitindo ser vulnerável de uma forma que eu não sabia ser possível para alguém como eu.

Por mais que eu quisesse afastar esses pensamentos, eles voltavam sempre que ficava sozinha. Não era só gratidão que eu sentia. Era algo mais profundo, algo que eu não sabia como nomear. Como se a presença dele estivesse começando a preencher o vazio que eu carregava há tanto tempo.

A porta do quarto abriu-se lentamente, e ali estava ele, como se fosse uma extensão dos meus pensamentos. Jasper não disse nada no início; apenas encostou-se no batente, seus olhos tranquilamente me observando, como se tentasse medir o que estava acontecendo dentro de mim.

── Estava pensando... ── ele começou, a voz baixa, quase hesitante. ── Quero te mostrar algo. É um lugar que eu costumava ir quando precisava... respirar.

Eu o olhei, surpresa. Jasper raramente oferecia algo tão pessoal. Mas havia algo no jeito como ele disse aquilo, na calma do seu tom, que me fez concordar antes mesmo de pensar duas vezes.

── Tudo bem.

Ele deu um leve sorriso, discreto, mas genuíno, antes de se virar e gesticular para que eu o seguisse.

O caminho para fora da mansão foi tomado por um silêncio confortável. Jasper era bom nisso - em me dar espaço, mas ao mesmo tempo fazer com que sua presença fosse quase palpável. Nós atravessamos a floresta, os passos dele quase tão silenciosos quanto a brisa, enquanto eu tentava acompanhar, tanto fisicamente quanto em pensamentos.

Finalmente, chegamos a uma clareira. A luz do sol filtrava-se através das árvores, criando sombras suaves no chão coberto de musgo. No centro, havia um pequeno rochedo, como uma ilha cercada pelo verde. Jasper parou perto dele e olhou para trás, me observando enquanto eu absorvia o lugar.

── Este é meu refúgio, ── ele disse, a voz levemente distante, mas cheia de significado. ── Sempre venho aqui quando preciso... pensar.

As palavras dele carregavam um peso que eu podia sentir. Ele não precisava explicar mais. Eu sabia que ele estava se referindo à luta constante, à linha tênue que todos nós caminhávamos. Fiquei em silêncio, apenas observando-o, percebendo como ele parecia pertencer àquele lugar de uma maneira que eu não conseguia explicar.

🩸𝐯𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞, 𝗃𝖺𝗌𝗉𝖾𝗋 𝗁𝖺𝗅𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora