𝗖𝗮𝗽𝗶𝘁𝘂𝗹𝗼 𝟬𝟴. 𝗩𝗶𝗰𝘁𝗼𝗿𝗶𝗮

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𝗔 𝗖𝗔𝗦𝗔 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 incomumente silenciosa

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𝗔 𝗖𝗔𝗦𝗔 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 incomumente silenciosa. Era estranho não ouvir os passos leves de Alice ou as risadas contidas de Emmett ecoando pelos corredores. Quase todos estavam na escola, deixando a mansão com uma calmaria incomum. A única exceção era Esme e Carlisle, que ficavam em casa cuidando de outros assuntos enquanto o resto cumpria a rotina diária.

Esse silêncio deveria ser reconfortante. Mas, para mim, era opressor.

A lembrança da noite passada - ou melhor, a memória que emergiu com tanta intensidade - parecia se recusar a me deixar em paz. Era como um peso constante, pressionando meu peito. E, mesmo que minha mente me dissesse para ignorar, para não deixar aquilo tomar conta de mim, algo dentro de mim sabia que não podia fugir dessa vez.

Desci as escadas lentamente, meus pés fazendo quase nenhum som contra o assoalho impecável. Eu não sabia exatamente o que estava procurando, mas, quando passei pela sala e vi Esme sentada no sofá, revisando o que parecia ser um projeto arquitetônico, tive a sensação de que talvez ela pudesse entender.

Esme ergueu o olhar quando percebeu minha presença. Seu sorriso suave imediatamente acalmou parte da tensão que eu sentia.

── Bom dia, Amélia. ── Sua voz era gentil, sempre cheia de uma bondade que eu ainda estava aprendendo a aceitar. ── Você está bem?

Eu hesitei, parando ao lado da entrada da sala.

── Na verdade, ── comecei, minha voz mais baixa do que eu esperava. ── Eu queria conversar... com você e Carlisle. Se... se vocês tiverem um momento.

O sorriso de Esme se ampliou, e ela colocou o projeto de lado antes de se levantar.

── Claro. Venha, vamos chamá-lo.

Agradeci com um aceno pequeno enquanto ela caminhava para chamar Carlisle, e, alguns minutos depois, nós três estávamos sentados na sala, a luz do dia entrando suavemente pelas janelas enormes.

── O que está em sua mente, querida? ── Carlisle perguntou, sua voz tão calma e tranquilizadora quanto a de Esme. Ele se sentou à beira da poltrona, as mãos cruzadas, olhando para mim com atenção sincera.

Eu respirei fundo, tentando organizar meus pensamentos. As palavras começaram a sair antes que eu pudesse realmente organizá-las, cada frase tropeçando na seguinte, como se eu precisasse aliviar a pressão que estava acumulada dentro de mim.

── Eu tive uma lembrança... ontem à noite. Algo que eu... eu não queria lembrar, mas simplesmente aconteceu.

Esme e Carlisle trocaram um olhar breve, mas não de surpresa - era mais um tipo de compreensão. Como se eles já soubessem que isso era inevitável. Esme inclinou-se levemente para a frente, suas mãos descansando no colo, a expressão dela encorajadora e paciente.

── Continue, querida, ── ela disse com aquela suavidade que fazia tudo parecer mais fácil, mesmo que não fosse.

Respirei fundo. O nó na minha garganta parecia apertar, mas eu forcei as palavras a saírem.

🩸𝐯𝐞𝐫𝐦𝐞𝐥𝐡𝐨 𝐬𝐚𝐧𝐠𝐮𝐞, 𝗃𝖺𝗌𝗉𝖾𝗋 𝗁𝖺𝗅𝖾Onde histórias criam vida. Descubra agora