- (...) E o que foi mesmo que ele disse? – Ginny perguntou enquanto iam pela manhã do outro dia tomarem seu café no salão principal.
- Como eu já vinha dizendo... – Continuou Charlie. – Ele me disse que iria se vingar.
- Acha que ele falava sério? Ou seria só pra te deixar com medo?
- Vindo de Malfoy, acho que deve ser sério. – Elas abriram a porta e viram os inconfundíveis cabelos dourados de Ana, falando com Steve e Cho Chang, de pé à mesa da Corvinal. Steve apontou para a direção de Charlotte e Ana se despediu sorrindo para os dois.
- O que estava falando com o Steve? – Ginny perguntou.
- Ele só queria me alertar pra por juízo na sua cabeça. – Respondeu.
- De qualquer forma, estou jurada de morte. Preciso me defender. – Caçoou Charlotte.
- Já vou indo. – Ginny se despediu com um sorriso para as meninas, seguindo para a mesa da Grifinória, enquanto Ana e Charlie iam para a mesa ao lado, da lufa-lufa.
Charlie, ainda tentando acordar de sua noite mal dormida, olhou para Malfoy ao longe que ria com os amigos, no lugar de costume. – Olha só, parece que tem gente que acordou de bom humor. – Comentou.
- Estou com uma péssima sensação sobre isso. Aqui, venha, eu estava sentada aqui. – Ela dirigiu a amiga. – Ced vai chegar daqui a pouco.
- Ótimo! – Elas se sentaram, Charlie notou a taça e o suco e logo se prontificou para enche-la com a melhor laranjada que Hogwarts poderia ter. – Mau vejo a hora dele nos contar sobre a tarefa de... – Charlotte tentou soltar a jarra de suco, mas ela não desgrudava de suas mãos.
- Algum problema? – Perguntou Ana com a boca cheia de bolo.
- Está... Presa. – Charlie tentando soltar tanto a jarra, quanto a taça de sua pele, mas estava grudados fortemente, o que fez suco cair para os lados dos dois recipientes, fazendo Ana saltar de susto no banco. – Não quer soltar! – Charlie disse mais alto, em um leve pânico.
- Me deixe ajudar você. – Ana segurou a taça enquanto Charlie a puxou, mas, por estar molhada com suco, a taça escorregou e jogou o restante pelo uniforme de Charlotte. – Minha nossa!
Neste instante, ao virar a cabeça em desespero, Charlotte notou que alguns alunos de outras mesas começaram a notar o desastre que lhe acontecera. Comentando uns com os outros, mais e mais alunos de outras casas agora estavam a observar sua falha tentativa de desgrudar a taça e a jarra de suas mãos. Na outra mesa, Malfoy também olhando com os outros, rira escandalosamente da situação.
- Maldito... – Rosnou Charlie.
- O que disse?
- Foi ele! – Gritou para a amiga. – Aquele idiota infantil! – O que fez Draco rir ainda mais, já ficando rosa de tanto rir.
- Venha, vamos para a Madame Pomfrey, ela vai conseguir desfazer isso, seja lá como ele conseguiu. – Disseram se levantando.
- Vamos. – Charlie concordou e ao pé da mesa, perto da entrada, viu Ginny já em pé esperando pelas duas. – Mas antes... – Charlie abandonando a amiga, correu para o lado oposto da saída, dando a volta pela mesa da Grifinória até chegar entre a mesa dos leões e das serpentes. Chegando perto de Malfoy que nesse segundo, já tentava se manter mais sério ao ver a lufana chegar, levou um banho de suco de laranja que ainda havia na jarra. Ele se virou ao sentir o liquido escorrer por seus cabelos e vestes para Charlie, mas ela já estava longe em passos furiosos e apressados, deixando uma trilha de gargalhadas.
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O Sol da Liberdade | Draco Malfoy
Roman d'amourCharlotte Creevey era a unica mulher na família dos nascidos-trouxas. Selecionada para a Casa do Texugo em Hogwarts, se viu em um desafio consigo mesma quando Draco Malfoy num dia comum cruza seu caminho. Nem só de bondade e paciencia viverá um lufa...