O dia mais esperado do ano para Charlie havia chegado: "O Natal". Alguns da família Creevey amanheceu aquele dia embaixo de várias luzes de natal penduradas na sala-cozinha do apartamento. Charlie, Daphne e Colin haviam acordado cedo para terminar a decoração e os três não paravam de falar um segundo sequer antes das dez da manhã.
- Bom dia. – Steve disse coçando os olhos vendo todos os enfeites exagerados.
- Bom dia, meu amor. – Daph desceu de uma das cadeiras onde penduravam os azevinhos no teto e correu para o namorado, segurando um ramo em cima de suas cabeças. – Feliz natal!
Steve achou graça com a atitude e como tradição do azevinho, deu um selinho em sua namorada. – Feliz natal.
- Eca. – Charlie comentou com Colin que riu.
Daphne virou com os olhos sacanas para a amiga. – quer que eu segure um raminho pra você também, amiga?
- Cala essa boca. – Charlie respondeu jogando um dos ramos na loira.
- Como assim? – Steve riu pegando uma maçã da fruteira.
- Não acha que sua irmã e Draco formariam um lindo casal? – Daphne brincou em tom sério. A loira adorava bancar o cupido com a escola toda.
- Nem um pouco. – Steve respondeu mordendo a fruta.
- Ela está brincando, Steve. – Charlie respondeu. – Eu e Draco jamais-
- Estou ouvindo meu nome a todo segundo nesta conversa. – Draco disse se levantando do meio das cobertas ao chão da sala. Se espreguiçou com os cabelos despenteados e foi seguindo para o banheiro. – A sala tinha virado uma "árvore de natal" e eu não vi? - Estava tudo exagerado. Haviam guirlandas douradas por toda a sala, galhos de azevinhos em toda parte. Bolinhas coloridas e muitos flocos de neve pendurado em todo o lugar que pareceu menor com tantas decorações. O visual da luz da sala pareceu estar ligeiramente mais dourado com tantas velas natalinas.
- Toma um azevinho para você também. - Daphne brincou ao jogar alguns galhos no amigo, que seguiu rindo para o banheiro. Daphne em seguida olhou para Charlie ainda sorrindo e notou a amiga abaixar a cabeça, fingindo concentrar-se para separar os buquês de azevinho em suas mãos. Daphne subiu novamente a cadeira, ao lado da garota. Ajeitou o cachecol vermelho listrado da de cabelos curtos, que sorriu para a mais velha. - Anda, me diz o que está pensando. - sussurrou.
Charlie olhou para o teto pensativa, querendo sibilar várias frases. - Acho que os azevinhos não ficaram tão bonitos perto dessas bolas vermelhas.
- Charlotte. - a loira a repreendeu. - Diga a verdade.
Charlie inspirou fundo. - Denis, porque não vai chamar o papai e prepararem algumas panquecas natalinas?
Denis sorriu ao lado da irmã. - Fechou. Vou pegar as jujubas. - disse descendo de sua cadeira, indo para a doceria.
- "Panquecas com jujuba"? - Daph perguntou confusa.
- São estranhamente boas. - Charlie deu com os ombros. - Sabe o que é... Faltam menos de três semanas para as aulas retornarem. E eu tenho a impressão que... Não vai ser nada como aqui... Quero dizer... A gente... Todos nós aqui...
Daphne sorriu. - Está com medo de não nos falarmos?
- Ah, Daph... Você se lembra como é em Hogwarts. As coisas lá são... "Diferentes".
- Eu não quero que mudemos. - sorriu de canto. - Mas eu não posso garantir que tudo será igual.
- Eu sei disso. - respirou fundo levando os olhos em Draco que havia saído do banheiro. Ele entreolhou a garota e seguiu em direção a Steve perto da bancada. - ...Eu sei disso. - repetiu.
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O Sol da Liberdade | Draco Malfoy
RomansaCharlotte Creevey era a unica mulher na família dos nascidos-trouxas. Selecionada para a Casa do Texugo em Hogwarts, se viu em um desafio consigo mesma quando Draco Malfoy num dia comum cruza seu caminho. Nem só de bondade e paciencia viverá um lufa...