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Boa leitura!
Park Jimin
— Recebi algumas fotos, melhor, estavam no e-mail da empresa — falou, esfregando as mãos, Jungkook não era de rodeios e percebi que o assunto o estava perturbando.
— Como assim você recebeu fotos, e o que eu tenho a ver com isso? — inquiri, levantando-me.
Fiquei de pé à sua frente, ele logo se levantou também, ficando frente e frente comigo, poucos centímetros nos separavam, dava para sentir a sua respiração quente em minha pele.
— É você aqui nessas fotos ou eu estou enganado? — ironizou e arqueei a sobrancelha esquerda tentando entender o que fotos minhas estavam fazendo no e-mail da empresa.
— Doutor, quer dizer Jungkook, não estou entendendo.
Ele foi até a sua roupa que estava perto dos cavalos e pegou um envelope em papel pardo. Estendeu os papéis e pediu para que eu conferisse, minhas mãos tremiam à medida que abria o envelope. Assim que tirei a primeira foto meu coração errou uma batida. Parecia que um buraco estava se abrindo sob meus pés.
Na foto eu estava com um vestido de noite, maquiado, transformado em Carmem Miranda, amava dublar as suas músicas, em outra estava vestido de Elis Regina nas duas estava no palco. Aquele foi o último concurso de dublagem que participei antes de desistir deles.
— Quem? Como? — As palavras não vinham, definitivamente eu estava buscando como falar sobre aquilo.
— Essas fotos chegaram ao e-mail da empresa há alguns meses como eu disse, eles chegaram até mim, porque a Manu naquele dia teve um problema com a mãe e precisou faltar na parte da manhã — ele falava calmo, sua voz forte e penetrante parecia mais suave, sentei-me novamente meio atordoado — ela não pôde filtrá-los.
— Então você viu essas...
Assentiu, passei foto por foto. Não me conformava que todas aquelas fotos haviam parado em suas mãos, eu sempre fui discreto na empresa, jamais falei sobre ser gay para ninguém, nem a Manu sabia.
— Não sei qual o propósito da pessoa que enviou essas fotos e alguns vídeos. — Meus olhos quase saltaram em órbita quando ele disse vídeo — Aqui, antes de abrir, quero que saiba que não foi para te recriminar que estou te mostrando.
Ele disse antes de me entregar o celular.
— Quando olhei as fotos fiquei encantado com o seu talento, você é um artista nato. Mas quando vi os vídeos...
— Não faço mais dublagem há algum tempo, desde quando minha mãe precisou fazer alguns tratamentos caros que não invisto mais... — Senti necessidade de justificar. — Jungkook, não vou me desculpar por isso.
Ergui o envelope falando sério, fechei os olhos, e engolindo em seco criei coragem para ver o maldito vídeo, em dois deles eu estava dublando e dançado, mas em outro deixei o celular cair no chão.
Esfreguei o rosto na tentativa de me acalmar. Jungkook pegou no envelope duas das fotos e me entregou, nela eu estava com o mesmo homem do vídeo, eram posições comprometedoras, estávamos transando na boate que eu frequentava, nessa como outras que eram lugares frequentados por casais LGBTQIA+, havia quarto ou lugares para transar da forma que quiséssemos, em público ou não. Não curtia transar em público, mas naquele dia eu estava um tanto quanto alterado e feliz, por ter ficado em terceiro lugar no concurso, bebi além da conta e o carinha que estava comigo era gostoso pra cacete. Acabamos transando ali mesmo.
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Secret Desire x Jikook
RomancePark Jimin, coreógrafo e gay assumido, desde que começou a trabalhar como motorista na empresa Rinne, era apaixonado pelo seu chefe, mas sabia que no fundo Jeon Jungkook, era proibido. Viver aquele amor era algo impossível na sua cabeça, sendo assim...