Secret Desire x Jikook

9 - Tempos difíceis.

Boa leitura!

Park Jimin

Bati a porta e logo girei a maçaneta, para a minha surpresa a casa estava toda revirada, no mesmo instante senti um gelo passar pela minha espinha dorsal. Tantos anos morando naquele lugar minha mãe nunca tinha sido assaltada e agora em um dos momentos mais difíceis da sua vida ela passa por isso. Como assim?

— Mãe — chamei indo em direção ao seu quarto.

Quando abri a porta vi seu corpo encolhido na cama e logo corri até ela.

— Mãe, o que aconteceu? — Toquei em seu ombro e notei que ela tremia. — Mãe — aflito tentei vira-lá.

Meu coração quase saiu pela boca quando ela se virou, seu rosto estava inchado e todo roxo. Havia um corte na boca e quando se mexeu na cama soltou um gemido de dor, deixando algumas lagrimas escorrerem.

— Meu deus, o que houve com a senhora?

Olhei para o Jungkook que estava enconstado na porta sem invadir nossa privacidade. Um barulho de vidro quebrando me chamou a atenção. Jungkook caminhou ate os pés da cama.

— Vou ligar para a ambulância, não mexa nela, Jimin — mamãe não falava, apenas gemia de dor.

Sai do quarto e fui em direção ao barulho que havia ouvido. Chegando a cozinha que estava revirada igual os outros cômodos, meu irmão estava de costas para o corredor, onde eu estava, logo ele percebeu que não estava sozinho e se virou, observei que a sua mão estava esfolada e com um pouco de sangue.

— Jaehyun, o que aconteceu aqui? — tentei manter a voz calma, mas por dentro estava para explodir de ódio, se o que eu suspeitava fosse verdade eu não me controlaria.

— Ah, a bichinha veio salvar a mamãezinha do lobo mau. — semicerrei os olhos processando o que ele tinha acabado de dizer.

— O que você fez seu imbecil? — rosnei indo em sua direção, ele sorriu zombado.

— Vai virar homem agora, acha mesmo que vai resolver dando uma de macho? — falou calmo colocando a garrafa na mesa.

— Vou perguntar mais uma vez e se você não responder vou quebrar essa sua cara. Que merda você fez?

O filho da puta gargalhou e estalou o pescoço voltando a me encarar.

— Eu pedi a escritura da casa, tinha um comprador e ela simplesmente se negou a me dar. — deu de ombros como se aquilo fosse a coisa mais natural do mundo.

— E quando ela não te deu o que você fez?

Comecei pausadamente caminhar até ele.
Estávamos frente a frente, Jaehyun estufou o peito e começou a sorrir, ele era um ser humano cruel, disso já sabíamos, mas ter a capacidade de agredir a própria mãe, era demais até pra ele.

— Perdi a paciência, ela se negou e disse que não venderia a casa mesmo eu tendo a parte do meu pai.

— Daí você bateu nela — minhas mãos tremiam de ódio.

— Se ela tivesse feito o que falei, teria evitado que isso acontecesse.

O desgracado estalou a língua, falando como se fosse a coisa mais natural do mundo. Fiquei cego na hora, desferi um soco em seu rosto, fazendo o cambalear para trás.

— Não é que o bicinha bate igual homem — zombou, colocando a mão no queixo.

— Você vai ver quem é o homem, seu monte de bosta inútil.

Fui para cima dele e o derrubei com outro soco, minha mão doeu por conta da força que coloquei para bater nele, comecei a chuta-lo e xingar ao mesmo tempo.