Secret Desire x Jikook

8 - Prazeres novos.

Boa leitura!

Jeon Jungkook

Desde o dia que o pai do Jimin faleceu nós não nos víamos, há uma semana, naquele dia ele não aceitou ir para a minha casa. Mesmo contrariado respeitei, entendi que precisava de tempo, além de ter que dar atenção à dona Eunji que ficou extremamente abalada com a morte do marido.

Tentei seguir a minha vida dentro da normalidade, meu novo motorista não conseguia suprir todas as funções que eram designadas a ele. Era o segundo que demitia desde que o Jimin saiu. Eu precisava de uma pessoa séria e de extrema confiança, no entanto, estava difícil.

— Doutor preciso que o senhor assine esses papéis, tenho que despachá-los até o meio-dia.

Manu colocou a cabeça dentro da minha sala, a porta estava entreaberta, fiz sinal para ela entrar. Manu estendeu os papéis, comecei a ler e notei que havia algumas coisas que não tinham sido pauta da reunião que fiz há alguns dias. Eu a encarei sério, ela mordia os lábios e balançava o corpo repetidas vezes.

— Quem te passou esses papéis? — indaguei, balançando as folhas.

— É... — hesitou.

— Desembucha, Manuela. — Bati as duas mãos na mesa irritado.

— Foi a dona Nora que veio aqui me entregar isso. — Apontou para os papéis.

— E quem te deu autorização para acatar ordens dela? — bradei irritado. — Isso aqui não tem cabimento algum, você leu essa merda?

— Seu pai me disse que faltava apenas a sua assinatura, doutor.

Quando achei que não podia piorar.

— Ligue para o meu pai agora! — ordenei.

Não era possível uma coisa daquelas, ele só poderia estar de brincadeira ou seu estado mental estava sendo afetado. Meu telefone tocou, tive vontade de arremessá-lo na parede.

— Seu pai na linha um. — Manu tinha a voz trêmula.

— Você está ficando louco? — gritei assim que coloquei o telefone no ouvido.

— Jungkook, sou eu, o seu pai está dormindo, filho. — A voz da maldita preencheu os meus ouvidos, enchendo-me de raiva.

Sempre tive Nora como da família, mas depois que presenciei a sua atitude com o Jimin não podia ouvir a sua voz sem vontade de apertar o seu pescoço.

— Quero falar com ele, acorde-o, agora! — Respirei fundo, tentando manter a razão.

— O que está acontecendo, filho?

— Não me chame de filho, a minha mãe morreu, porra.

— Jungkook... — Ela ficou um tempo em silêncio. — O que está acontecendo?

— Nora quero falar com o meu pai. — Fechei os olhos e massageei a tempora, tentando me controlar.

— Ele não dormiu bem a noite, por isso não acordou ainda, Jungkook.

— Se eu não falar com ele, esses papéis aqui na minha mão serão rasgados.

Bati o telefone sem dar chances a ela para respostas, não tinha o menor cabimento o que ele estava tentando fazer. Se a minha avó soubesse daquilo iria ter um treco. Minutos depois o meu telefone tocou novamente.

— Seu pai na linha três, doutor — Manu falou ofegante.

— Obrigado.

— Jungkook, que história é essa de destratar a Nora? — Estranhei o seu tom. — Ela está no lugar...