POV S/N:Hoje é um dia de chuva, e eu estou indo para casa de ônibus. Mas onde eu desço é um pouco longe da minha casa e não tenho guarda-chuva. E para melhorar, eu estou lavando na mão um cartaz pro trabalho de matemática que não coube na bolsa. Estou ferrada
O ônibus vai se aproximando do meu ponto e vejo um guarda-sol turquesa.
O ônibus para e as portas abrem, vou até a porta e vejo quem segurava o guarda-chuva.Era Louis, meu vizinho.
Ele tem um complexo de me proteger e me ajudar em tudo que pode.
A alguns anos, quando nos mudamos, eu e minha mãe, ela trabalhava o dia todo e chegava tarde em casa, e como eu mal tinha feito 14, minha mãe achava perigoso que eu fosse e voltasse da escola sozinha, e depois permanecesse em casa sozinha até tarde, então ela pediu para o filho da vizinha, que era de sua confiança, para que sempre ficasse de olho em mim até eu ser maior. Ele tinha 16 na época, ou seja, ele não era muito mais velho que eu, mas eu aceitei para minha mãe não se preocupar. O problema, é que eu já sou maior. Tenho 17 e ele 19, e ele ainda insiste em cuidar de mim.
Olho para meu vizinho com uma expressão cansada, e ele sorri para mim. Esse sorriso...-Você sabe que não precisa cuidar de mim não é? Já sou grandinha -digo ao descer do ônibus e me posicionar ao seu lado em baixo do guarda-chuva
-Tenho que cuidar de você até ser maior. Continua a mesma anã de sempre -disse o moreno ao começar a andar.
Partridge era bem maior que eu.
-Você é tão engraçado. Estou rindo, dando risadas!
...
-Está entregue! -disse o mais alto ao me deixar na porta de casa
-Obrigada. Só não faça mais isso
-Por quê?
-Acham que namoramos
-E qual o problema? -pergunta sorrindo para mim.
-Tchau, Louis. Vou tomar banho. -digo abrindo a porta de casa
-Isso é um convite? -me pergunta sorrindo
-Tchau, Louis! -digo fechando a porta de casa. Encosto minhas costas na porta e suspiro. Sinto meu rosto esquentar.
Louis sempre fez essas brincadeiras.
As pessoas que vão comigo no ônibus já me perguntaram se namoramos, eu sempre disse que não. Mas as pessoas não acreditam e espalham pela escola, deve ter um monte de meninas bravas comigo agora....
Estava tentando fazer o trabalho de matemática quando ouço a campainha tocar. Vou até a porta e atendo, já que minha mãe ainda não chegou. Ela é enfermeira e hoje trabalhará até bem mais tarde do que geralmente trabalha.
-Louis? O que faz aqui? -pergunto vendo meu vizinho na porta de casa com uma sacola na mão
-Sua mãe me disse que não tinha comida em casa e me pediu pra trazer lanches -disse entrando em minha casa
-Obrigada... -murmuro vendo ele ir em direção a sala de estar. Seu cheiro fica pelo ar, me deixando meio desnorteada
-Trabalho? -pergunta me fazendo sair do transe. Enquando senta no sofá, olha para o cartaz no chão
-Sim. Mas é impossível fazer um cartaz sobre esse assunto
-Eu era bom, posso te ajudar -propôs e me entregou um hambúrguer
-Ann... claro- digo mordendo o pão
...
-Obrigada por me ajudar. Eu ia tirar um zero bem redondinho... -digo e ele ri