-Nesse imagine o Charlie tem 17 anos.POV S/N:
Eu, como uma jovem de 16 anos, não poderia estar fazendo nada melhor num sábado a noite do que cuidando dos meus gatos enquanto assisto Gilmore Girls.
Meu gato frajola, Teddy, está recebendo um tratamento de manicure e minha gata laranja, Caramel, acabou de ser escovada.
Ouço um carro estacionando e a voz do Walker falando alguma coisa, mesmo que eu não identifique o que é. Mas não me distraio, é muito difícil cortar unha de gato.
Sou irmã mais velha do Walker.
Depois de uns 10 minutos ouço uma batida na porta e falo:
—Quem é?
—Sou eu! —Ouço a voz de Momona do outro lado da porta
—Pode entrar, Você!
Ela abre a porta, na sua animação de sempre, e fecha a porta, se jogando na minha cama. Pauso a série.
Eu e Momona somos amigas por causa de Walker, que nos apresentou a um tempo.
—Veio ver o Walkie? — Eles costumam fazer noites de jogos, as vezes participo
—Vim te salvar dessa vida de meia idade —Ela me olha de cima a baixo
—Magoou —Brinco pegando meu gato no colo
—Que blusa é essa, mulher?
Estou usando uma blusa do Jess Mariano, de Gilmore Girls, onde está escrito "I love(coração) my boyfriend" com uma foto do Jess dentro do coração. Junto estou usando uma calça de moletom lilás que combina com a cor do coração e uma touca de cetim, pois estou fazendo hidratação.
—Lei da atração —Respondo, brincando — Ver se aparece um Jess na minha vida
—Mas você já tem um Jess... — Ela diz e reviro os olhos
Walker tem um amigo, Charlie. Ele é simplesmente o garoto mais bonito e legal que já conheci, mas ele não liga para minha existência.
—A diferença é que o Jess queria a Rory.
—Vem lá com a gente, tenta falar com ele. Só não vestida assim
—Ai, Mo, eu me sinto uma intrusa
—Mas você não é! A gente te adora
—Mo! Vem logo! —Ouço Walker gritar lá de baixo
—Vai lá, vou ficar aqui com o Teddy e a Mel
—Sou amiga de uma idosa... —Murmura e sai do quarto
[...]
Depois de terminar de cortar as unhas de Teddy e escová-lo também, somente me deito na cama e continuo assistindo minha série. Não percebo o tempo passar até que minha porta é aberta com força.
—Sou muito contra assaltos, já vou avisando —Digo ao ver Momona e Leah entrando no quarto rapidamente
—Menina, nem te conto —Mo senta na cama e Leah faz o mesmo
—O que?
—A gente tava jogando um jogo que os meninos inventaram, tipo jogo da garrafa, e aí perguntaram pro Charlie se ele beijaria alguém da casa, e ele disse que sim —Momona conta e fico meio pra baixo
—Achei que ele ia dizer a mãe de vocês, mas não —Leah diz e franzo o cenho
—Ele disse que beijaria você!
Tento processar o que acabei de ouvir, mas é meio impossível.
—Tenho que tirar o produto do cabelo —Me levanto da cama meio atordoada e vou até o banheiro mais próximo
Entro no banheiro e fecho a porta, mas não tranco, já que vou tirar na pia. Enxaguo o produto e com uma escova que estava numa gaveta o penteio. Pego uma toalha e o seco.
Eu estava me olhando no espelho quando ouço a porta ser aberta e trancada em seguida. Quando olho vejo Charlie.
—Ah, desculpa! Eu.. —Ele começa a dizer assim que me vê
—Ah, não! Eu já tava saindo. Eu tava só... —Aponto para o balcão da pia, que está encharcado
—Você lavou o cabelo na pia? —Ele ri levemente
—Mais ou menos...
Nós nos olhamos por alguns segundos, até que ele quebra o silencio:
—Olha, um de nós deveria sair do banheiro
—Realmente, ainda mais depois do que você... —Me calo —Deixa quieto. Eu vou... — Ando em direção a porta
Ele estava ao lado da porta, mas ao invés de me dar espaço para passar, ele põe a mão na fechadura, impedindo que eu destranque. O olho de perto.
—Eu sei que elas te falaram
—Como?
—Sair correndo depois que eu falei não foi uma coisa muito discreta
—Elas já foram melhores... —Coro devido a proximidade —Vou poder sair?
—Depende
—Do que?
—Do motivo delas terem subido tão rápido pra te falar —Ele se aproxima e dou um passo para trás, encostando as costas na porta —Era pra vocês rirem de mim ou... —Olha para minha boca
Olho para sua boca entreaberta e me sinto no direito de entrar.
Coloco minhas mãos nas laterais do seu rosto e puxo para um beijo. Suas mãos vão para minha cintura e conforme o beijo vai esquentando ele as desce para o quadril. Meus braços se enrolam em seu pescoço, o que o trás mais para perto.
Sinto falta de ar e nos separo, ficando de olhos fechados e sentindo sua respiração ofegante bater em meu rosto.
—Um de nós devia sair do banheiro —Repito sua fala, abrindo os olhos
—Não vai, não... —Diz com a voz rouca em meu ouvido, devido ao lugar que sua cabeça ficou assim que me abraçou
—Você podia dormir aqui... —Sugiro e ele me olha —A porta do meu quarto é silenciosa...
Beijo sua bochecha e me viro, destrancando a porta e saindo, com um sorriso no rosto.
Eu beijei o amigo do meu irmão.
(...)
Depois de escrever o cap todo, descobri que o querido tem quase 20 anos, ai mudei. Mas mano, que carinha de neném.
Espero que tenham gostado, kisses
(PS: tenho uma blusa igual aquela)