12

4.9K 602 52
                                    

― Oi Joy ― Kim disse entrando no apartamento da beta ― Tudo bem?

― Sim ― murmurou ― Daonuea foi pegar a bolsinha dele ― ela disse encarando o alfa ― Cuidado com ele, Kim.

― Eu tomo cuidado, Joy ― suspirou ― Eu queria que você me ajudasse com a escolha de uma casa.

― Por que uma casa? ― perguntou nervosa e Daonuea entrou na sala com sua bolsa, o garotinho correu até o pai, mas Joy o segurou ― Por que você quer uma casa, Kim?

― Por que eu quero um lugar grande para o Daonuea. ― disse confuso.

― Você quer a guarda dele? ― A beta se desesperou e apertou o filho ― Kim, você pode me tirar tudo, menos o Daonuea.

― Não, não, Joy ― ele disse tentando acalmá-la ― Eu não quero a guarda dele, eu só quero que ele tenha uma casa grande para brincar quando for passar os dias comigo, nada demais. Não precisa ficar assim ― se aproximou da beta ― Eu não irei tirá-lo de você.

― Você diz isso agora, mas tenho certeza que vai mudar de ideia ― disse colocando o filho no chão já que ele começou a reclamar ― Por favor, não vamos brigar pela guarda dele.

― Joy, acredite em mim, eu dou a minha palavra.

― Não vale de nada ― bufou.

― Vegas não vai deixar, pronto, você confia mais nele mesmo ― resmungou e segurou na mão de Daonuea ― Vamos filho, dê tchau para a mamãe.

― Tchau mamãe ― Daonuea disse sorrindo, Kim ajeitou a bolsinha nas costas do filho, Joy se abaixou e beijou a testa do filho ― Bejo.

― Beijão ― ela riu e o menino acenou saindo com Kim. A beta pegou seu celular e ligou para a única pessoa que tinha como família ―  Você conhece algum advogado da vara familiar? Eu estou com medo do Kim pedir a guarda do Daonuea.

[...]

Pete havia colocado várias coisas na mesa e por cima colocou fita, arrumou os seus alunos envolta da mesa, cada um na frente de um objeto que estava sendo preso pela fita. Pete amava dar aula para o maternal, dessa vez ele tinha seus alunos de 2 e 3 anos, boa parte deles já conseguiam segurar as coisinhas com as mãos, abrir e fechar sem dificuldade ou fazer movimentos de pinça, mas haviam algumas crianças que não, que o desenvolvimento era um pouco mais devagar, e isso se dava pelo apoio familiar.

― Estão vendo as coisinhas ― Pete se ajoelhou ― Nós vamos fazer assim ― mexeu o dedo polegar e o indicador ― E pegar as coisinhas, mas precisa tirar a fitinha.

― Assim ― uma das crianças tentou imitar e Pete sorriu balançando a cabeça.

Durante a dinâmica boa parte se irritou e só puxou, mas Pete não disse nada, deixou elas explorarem da melhor maneira, algumas já acertaram de primeira ao puxar a fita usando o polegar e o indicador, outros tiveram a dificuldade, mas não desistiram e isso atraiu atenção do ômega, já seria mais um tópico para pôr na listinha do aluno. Depois da dinâmica o ômega os chamou para fazer a fila de trenzinho, um atrás do outro com a sua lancheira e seguiram para o pátio para lanchar.

― Você percebe como é o desenvolvimento da criança em casa quando ela entra na escola ― Boram, a professora de outa turma comentou ficando ao lado de Pete enquanto observavam as crianças lanchando ― Os pais juram que ajudam, mas você não vê melhora.

― É, pode sair e entrar ano, mas tem pais que continuam só colocando a criança pra fazer a tarefa e só, não pergunta, não conversa, não acolhe ― Pete fez um bico ― E esses pequeninhos precisam tanto desse tipo de atenção para se desenvolverem melhor.

Smell • vegaspete • Onde histórias criam vida. Descubra agora