Bônus 1

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Meses depois.

Pete já estava com a sua barriguinha de seis meses, estava esperando uma menina para a alegria de Vegas, já dava para perceber que ele seria ainda mais bobão pela filha do que já era por Pete.

― O quarto dela vai ser branco, meu amor? ― Vegas perguntou e Pete assentiu ― Todo branco? E quando ela crescer e estiver na fase de querer riscar tudo?

― Deixaremos ela transformar as paredes na tela dela ― Pete sorriu ― Eu quero que seja branco com detalhes em dourado, você disse que faria do jeito que eu quisesse.

― E eu vou fazer ― Vegas sentou ao lado do marido no sofá ― Irão pintar hoje e amanhã chegarão os móveis que escolhemos.

― Vee, mamãe Chae disse que quando a Eva nascer ela quer ficar um tempo aqui nos ajudando, pelo menos um mês, o que você acha?

― Soa uma boa ideia, mas porque você não parece estar bem com isso?

― Eu estou, mas... ― se encolheu ― Com ela aqui direto irei sentir saudade da Aya.

Pete não havia falado com Aya, nem quando ela soube da gravidez do filho ela tentou contato ou coisa parecida, o ômega sabia que ela tinha contato com Kinn, mas com ele não e mesmo que ele ainda estivesse afastado – e com todo o direito – não queria dizer que ele não sentia falta. Agora que estava grávido algo em si começou a chamar por uma de suas mães, queria que ela estivesse com ele naquele momento, queria o apoio dela também, mas não tinha e isso machucava o seu coração.

― Você quer falar com ela?

― Não, na verdade eu não sei, eu sinto que se for falar com ela estarei esquecendo tudo que ela fez e falou,  e eu não quero esquecer porque isso me magoou.

― Uma vez eu ouvi que devemos perdoar as pessoas para que possamos seguir bem, eu não sei se é realmente verdade e se isso surge algum efeito ― Vegas segurou o rosto do ômega e beijou a bochecha dele ― Mas talvez seja isso que você precise junto com ela.

― Mas eu não quero dar o primeiro passo.

― Então espere que ela dará ― Vegas sorriu ― Ou eu farei com que ela venha.

― Vee, não precisa, eu acho que é porque estou grávido e mais sensível ― explicou ― Se for para ter ela na minha vida que seja por vontade própria dela e não por obrigação.

Vegas assentiu e ficou fazendo carinho no rosto do ômega, depois começou a falar com Eva e acariciar a barriga do marido.

― Daonuea vai estar na nova campanha infantil? ― Pete perguntou e o alfa assentiu ― Kim não pirou com isso?

― Quase dois anos com o Daonuea sendo meu modelo mirim, ele nem é doido de querer atrapalhar ― riu ― E Joy aprovou tudo e é ela quem manda.

― Porchay ligou mais cedo e disse que Moon está o chamando de mamãe, eu achei tão bonitinho, Vee ― Pete sorriu ― Eu não acho que seja feio se referir assim quando se sentem confortáveis, sabe? Se a nossa bebê me chamar assim eu vou adorar.

― Eu também vou achar lindo.

― Porchay disse que foi o Kim que começou com isso e ela repetiu, ele não repreende porque também gosta. Moon é muito esperta e geniosa como o Porchay, coitado do Kim.

― Coitado? Eu acho é bom para ele.

[...]



O quarto de Eva já estava totalmente arrumado, Pete só estava terminando de colocar os ursinhos, enquanto isso Vegas observava encostado na porta. A alegria do alfa era chegar em casa e ver Pete fazendo qualquer coisa com aquela barriguinha grande e sorriso bonito, todo o santo dia o Theerapanyakul agradecia a qualquer santo por ter aquele homem e agora sua filha, por ter uma família.

― O que você faz aí me espiando, alfa? ― Pete perguntou arrumando o bercinho ― Aqui parece uma casinha de boneca.

― Isso porque eu não deixei você comprar todos os brinquedos que queria ― Vegas se aproximou e abraçou o ômega por trás.

― São brinquedos educativos.

― Mas ela ainda nem nasceu amor, quando ela tiver uns meses já terão novos brinquedos no mercado melhores ― falou e Pete resmungou ― O que quer fazer hoje?

― Nada, eu fiz o jantar e só queria deitar porque meus pés estão começando a doer.

― Falei para você não ficar andando pela casa.

― Como se eu pudesse, você colocou um alarme nessa casa que a cada vinte minutos a voz dela soa falando que tenho que deitar ― reclamou ― Eu odeio essa casa.

― Você ama ela, para com isso, eu já vi você pedindo para ela te contar resumos de livros.

― Porque eu não sabia que livros comprar e o Porchay não gosta de ler e você estava trabalhado ― disse rápido ― Alguém tinha que me ajudar.

― Entendi, tudo bem.

― Vee ― fez um bico e o alfa beijou seu pescoço.

― Como a minha princesa passou o dia? ― Vegas disse tocando na barriga do ômega, Eva chutou ― Receio que bem, pelo chute.

― Bem até demais, eu acho que ela gosta de manga ― o ômega disse ― Eu comi três hoje e ela chutava tanto.

― Vou pedir para a minha mãe tentar plantar essa fruta lá na casa dela.

― Acho que da que eu comi não pega aqui e sim em outros países, você vai ter que comprar, Vee.

― Compro quantas caixas quiser.

― Bobão ― Pete virou e beijou o alfa ― Eu acho que você vai comprar tudo que ela pedir.

― Você ainda acha? Eu tenho a certeza.

[...]

Eva nasceu.

Pete não sabia que poderia ser mais feliz do que já era, ao ver o rostinho de sua filha ele teve a certeza que nada mais importava na sua vida além de Vegas e Eva, que ele não precisava de aprovação nenhuma, de familiar nenhum, ele só precisava de seu marido e de sua filha.

― Ela é tão linda ― Vegas disse carregando Eva, o rosto do alfa já inchado de tanto chorar ― Eu acho que vou chorar de novo.

― Promete que daremos todo o amor do mundo a ela? E que independente do cheiro ou status ela vai ser amada e protegida?

― Isso não deveria nem ser dito, meu amor. Iremos amar ela infinitamente e não importa cheiro ou status, ela vai ser amada e respeitada, protegida e cuidada por nós ― olhou para Pete que sorriu ― Agora vamos pensar no nosso próximo pacotinho.

― Vegas eu ainda estou no hospital e você já quer o segundo? ― Pete disse e sorriu ― Daqui a alguns meses, alfa.

Smell • vegaspete • Onde histórias criam vida. Descubra agora