A casa de Vegas não era mais dele, era de Pete, havia papéis coloridos na sala, desenhos dos alunos em cima do sofá, canecas e coisinhas fofas na cozinha, e o alfa não poderia esquecer das coisinhas pequenas e fofinhas que o namorado deixava na cômoda do quarto, além do cheiro dele que tomava conta da casa toda. O ômega trabalhava pela manhã, mas estava o dia todo na escola por causa da feirinha dos alunos, então ele e o namorado se viam apenas a noite, Vegas já estava mais livre no trabalho, o projeto foi lançado e estava sendo um sucesso.
― Quem? ― Vegas perguntou.
― Uma moça chamada Luna está aqui ― Joy repetiu encostada na porta ― Deixo entrar ou...
― Queria dizer ‘ou’ ― O alfa riu ― Deixe entrar, mas fique a postos no telefone, se eu acionar, você chama os seguranças.
― Vegas, ela não faria al-
― Eu não sei mais quem é a família do Pete, então ― deu de ombros, a beta assentiu e saiu, não demorando para que Luna entrasse na sala ― Bom dia, Luna, ao que devo a honra?
― Não sei onde você mora, mas sei onde trabalha ― ela disse ― Queria que você me passasse seu endereço, quero falar com o Pete.
― E ele está de acordo?
― Eu queria falar com ele, Vegas, ele me bloqueou no aplicativo de conversas, ele desliga quando eu ligo ― se aproximou e sentou na cadeira em frente a mesa ― Sei que Kinn passou dos limites, mas... Eu só quero falar com ele.
― Passou dos limites? E Kinn sabe o que é limites? ― Vegas cruzou os braços sobre o peito encarando a alfa ― Se Pete não quer falar com você, eu não vou me meter nisso, não fui eu que fiz algo e deixou chegar a esse ponto.
― Na verdade você fez, você que falou sobre casamento com ele.
― E lá vamos nós para mais uma discussão ― sorriu ― Mas dessa vez eu não vou ser educado.
― Como?
― Deixem o Pete em paz, quando ele quiser falar com vocês ele vai falar, parem de ser estúpidos e completamente hipócritas ― disse sério ― Parece que vocês querem que ele se sinta culpado, sendo que ele não tem porque se sentir culpado por algo que ele não fez, você e seu irmão agem como se ele precisasse de vocês, que ele necessitasse de ajuda, mas ele não precisa, ele não precisa de vocês!
― Você não sabe de porra nenhuma, Vegas.
― Eu não sei? O que você sabe então? Vamos, me diga ― Vegas se empurrou com a cadeira e colocou as pernas na mesa ― Estou ouvindo, Luna, o que você sabe que eu não sei? Deixe-me ver, você sabe que Pete gosta de ser mimado... E o que mais?
― Você é só o namorado dele, eu sou a família, eu sou a irmã que sempre estive com ele assim como Kinn!
― Não foi bem isso que ele me disse ― Vegas sorriu ― Que vocês são irmãos eu sei, ele sabe, mas esse negócio de estar sempre com ele já é algo que você deveria avaliar melhor, soa confuso falar que sempre esteve com ele, sendo que agora não está, nem fez questão na primeira oportunidade.
― Eu quero falar com ele, Vegas, por favor.
― Já disse, eu não faço nada, quem decide é ele.
[...]
Pete se despediu das amigas de trabalho e saiu da escola naquela tardezinha, avisou Vegas que iria de táxi para casa porque teria que comprar algumas coisas, o alfa disse que poderia ir buscá-lo, mas o ômega negou. O ômega durante esses dias não tinha visto ninguém de sua família, falava com sua mãe Chae, mas não queria vê-los por enquanto, queria ficar na sua e pensar bem, estava achando que aquilo era culpa sua no fim das contas, mas depois de um puxão de orelha de Porchay, ele parou de pensar nisso, a culpa não era sua e ele não estava errado em sentir raiva da família.
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Smell • vegaspete •
FanficPete era o ômega que muitos não davam tanta importância, ele era lindo, mas ele tinha um porte grande demais para um ômega, mas o ''pior'' não era nem isso, mas sim o seu cheiro de alecrim e sálvia que fazia muitos alfas se afastarem porque era um c...