Segundo Julgamento

376 24 48
                                    

Hoje sua mãe irá depor, pois na última audiência, o advogado da Kimberly acabou citando o nome dela, e então seu pai pode coloca-la la lista de testemunhas.

Dessa vez, todos seus irmãos estarão presentes, sem os respectivos companheiros. Apenas os 4, com o pai de vocês, e sua mãe, que irá apenas depor e ir embora.

Cada dia que passa as coisas se complicam mais, novos depoimentos, novas provas, prints de conversas sem contexto a favor dela, entre muitos outros casos, e isso não está sendo bem recebido por seu pai e seus advogados.

Tudo isso tem causado muito estresse, e tem refletido em vocês e nas suas relações, o Kevin e sua irmã andam tendo muitos desentendimentos, a Franchesca não tem comido direito e tudo isso, junto com o caso da sua sogra tem te afetado de forma mais brutal.

Por falar nela, ela teve uma piora muito significativa e pode vir a óbito a qualquer momento, e essa notícia não foi bem recebida por seu marido. Ele tem descontado tudo na bebida e em cigarros de maconha todos os dias.

Por falar nele, neste momento ele está no banheiro, vomitando, enquanto você está sentada na beirada da cama analisando a situação de cabeça baixa e enjoada. Antes dele começar a passar mal, vocês tinham iniciado uma discussão.

Flashback

- Eu não acredito nisso. - você fala quando abre a porta do seu quarto e vê seu marido cheirando cocaina. Você fecha a porta o mais rápido possível e entra. - Você é doente seu retardado? - você pergunta enquanto bate a mão na cama e derruba as fileiras de pó que estavam em cima de uma chapa.

- Qual é o seu problema? - ele levanta agressivo e você o encara sem medo, de cabeça erguida.

- Qual é o SEU problema? - você o encara indignada e sorri sarcástica - Você acha que eu tenho medo de você? - você revira os olhos e o peita - Meu filho tá aqui seu merda, imagina se eu entro com ele aqui e ele se depara com essa cena nojenta! - você passa a encara-ló com nojo e sente um nó na garganta - Imagina se ele tá brincando aqui no quarto e por isso na boca.

- Isso não vai acontecer nunca - ele fala nervoso ao pensar na ideia e sai balançando a cabeça. - Meu Deus - ele põe as mãos na cabeça e se senta.

- Até quando você vai viver dessa forma? Usando a situação da sua mãe pra se drogar? E se a sua mãe morrer hoje, você vai ter condições de ir no velório dela, ou vai estar bêbado demais pra se despedir? - você pergunta e ele se vira rapidamente e anda até você.

- Não fala assim da minha mãe - ele grita e aponta o dedo na sua cara.

- Ei - você fala indignada e bate no dedo dele - EU TÔ FALANDO DE VOCÊ, NAO DA SUA MÃE! - você grita de volta - SEU MERDA.

Vocês gritam um com o outro por muito tempo e você diz várias coisas pra ele, mas que parecem não adiantar muito. Ele vira as costas, te deixa falando sozinha e entra no banho, e você vai pro seu closet pra pensar na vida, deitada em uma daquelas poltronas enormes.

Quando ele sai do banheiro de cabeça baixa, você se levanta, cruza os braços e o encara.
O que você diz?

- S/N, eu não quero iniciar uma discussão aqui, agora, de novo. - ele coça o rosto e te encara.
O que você diz?

- Mano - ela estica os braços e altera a voz - Para de ser louca, você fica o tempo todo tentando me controlar - ele franze o cenho - Você precisa cuidar da situação daquele doente do seu pai.
O que você diz?

- Vou assistir algo com o Luck, acho que você precisa de um tempo sozinha. - ele fala em um tom de deboche e te deixa extremamente irritada.
Você confia de deixar o Luck com ele bêbado? O que você diz?

E se você fosse filha de famososOnde histórias criam vida. Descubra agora