LIVRO DOIS | Alex Kozlov era visto por todos como inabalável, isto até o retorno de Belle Kadyrova à sua vida, e o "bad boy" de tatuagens ser desmontado novamente por esse belo fantasma do seu passado.
Mas agora, Belle estava indo embora mais uma ve...
"Eu a amo, e isso é o começo e o fim de tudo" F. Scott Fitzgerald
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Todos nós temos um limite, um ponto até onde podemos ir, nossa linha final. Eu costumava interpretar esse limite como um grande buraco, do qual você salta dentro, e aquela é a sua profundidade; desafiar os seus limites seria cavar mais desse buraco, então você sempre teria um novo limite, desde que enfrentasse o atual.
Também sempre achei que eu seria capaz de enfrentar meus limites, mas eu só estava enganando a mim mesma. O que fazer quando são os seus limites que o perseguem e não o contrário?
— Kadyrova!
Quanto mais eu ouvia sua voz, mais minha barriga revirava, uma sensação de ansiedade e agonia, uma vontade ao mesmo tempo de fugir e de pular em seus braços, tenho estado bastante - bem, talvez nem tanto - satisfeita em fazer a primeira, mas está ficando cada vez mais difícil e a culpa é toda minha.
Pernas ridículas que não funcionam da maneira como deveriam, justo quando mais preciso delas! É tão frustrante, sinto como se fosse tropeçar no vento e cair, isso me faz andar de forma vacilante, e a velocidade em que percorro todo o caminho rumo a lugar nenhum faz com que as probabilidades de um acidente acontecer cresçam absurdamente.
— O que você quer? – eu perguntei, ele já havia me alcançado o suficiente para me ouvir sem que eu elevasse minha voz, e eu precisava conseguir me livrar dele o mais rápido possível.
— Conversar – respondeu, curto e direto, como sempre, o que me fez revirar os olhos.
— Não temos nada para conversar – eu disse, embora fosse uma enorme mentira. Temos muito o que conversar. — Além disso, nenhum de nós é bom nisso.
Tudo aconteceu de forma rápida, de modo que meu cérebro não foi capaz de acompanhar o que ocorria até que já estivesse tudo feito, tudo o que eu me recordo vagamente é de uma mão em meu braço, e então algo gelado em minhas costas, e um calor corporal reconfortante e conhecido tão próximo a mim. Alex havia me prendido entre o seu corpo e os armários do corredor, estava tão próximo que quando inspirei fundo o seu perfume me invadiu completamente, inebriando-me, mas felizmente ele estava longe o suficiente para não me levar a loucura em meio aos outros alunos, assistindo a cena.
O que ele tem na cabeça?
Mas minhas preocupações foram esquecidas quando foquei minha visão nele, tão perto de mim, a expressão endurecida em seu rosto que de alguma forma o deixava ainda mais bonito, olhando fixamente em meus olhos. Iesu¹, Alex está ainda mais bonito do que eu era capaz de lembrar, muita coisa havia mudado nele nesses últimos anos em que não tivemos mais notícias um sobre o outro, sua aparência é um dos principais.