любить

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— Minha irmã disse que você tirou uma nota melhor que a dela, ninguém tira uma nota melhor que a dela.

Belle estava assustada, um garoto com pelo menos o dobro do seu tamanho havia a abordado no meio do refeitório, de um jeito ameaçador e invasivo, aproximando-se cada vez mais, cuspindo quando balbuciava, e seu medo piorou mais ainda quando a mão grande e pesada dele aproximou-se de seu rosto e puxou seu cabelo.

— Ai – ela resmungou de dor, puxando o cabelo da mão dele.

— Seu cabelo é ridículo – disse ele, depois de ter soltado. — Se você atrapalhar minha...

Foi questão de segundos para o garoto estar no chão, ela nem chegou a ver o que havia acontecido, tudo o que sabia era que agora Alex estava em sua frente, de costas para ela, e o garoto estava de joelhos, com as mãos entre as pernas.

— Bastardo – o garoto resmungou, sem fôlego para falar mais alto.

— O que você pensa que está fazendo, seu grande balde de lixo? – a voz de Alex era fria e afiada, cortava o ar e arrepiou-a, mas não a assustou, diferente do garoto, que parecia prestes a mijar nas calças, olhando com os olhos arregalados para o rosto de Alex. — Se tocar nela novamente, vou arrancar as suas mãos fora. Se olhar para ela, se sequer pensar nela, mesmo que por acidente, você está morto. Você me ouviu? Você está morto.

— Sim.

O garoto acenou freneticamente, ele era maior que Alex e mesmo assim foi facilmente dominado, havia percebido em menos de um segundo, sem que Alex precisasse usar muito de sua força agressiva, quais eram suas posições na pirâmide do poder, e o garoto não tinha a menor chance de contra ele, não importando seu tamanho ou idade serem superior.

— Você está vendo alguma garota atrás de mim? – Alex perguntou, e parecia que a vida do menino dependia da resposta.

— Não, senhor – ele respondeu, nem sequer olhou para lá.

— Hum.

Tudo parecia ter acabado, por um segundo, mas então o punho cerrado de Alex encontrou o nariz do outro menino, forte o suficiente para fazer com que começasse a sangrar no chão e na camisa dele.

— Saia agora, antes que eu me arrependa e decida cortar suas mãos agora mesmo.

O menino saiu correndo com a mão no nariz, sendo seguido pelos outros dois que o acompanhavam e sabiamente haviam se mantido longe da briga.

Somente quando eles não estavam mais a vista que Alex virou-se para Belle, e a expressão dura foi aos poucos suavizada, substituída pela preocupação, enquanto ele segurava o rosto dela com as mãos, os nós dos dedos avermelhados.

— Você está bem, drysor¹? – perguntou, colocando o cabelo dela atrás da orelha. — Seu cabelo é lindo, não liga para aquele merda.

Ela engoliu em seco, finalmente voltando a respirar.

— Sim, eu estou bem, obrigada.

Respondeu, engolindo em seco, mas seu rosto logo começou a expressar curiosidade por algo específico, o que fez a raiva no corpo de Alex se esvair completamente, enquanto ele esperava ansioso pelo o que sabia que viria a seguir.

— Por que tesouro?

Ele sorriu, somente ela para ignorar tudo acontecendo ao seu redor, as pessoas que assistiam, a briga que havia ocorrido, e focar-se somente no que a interessava.

— Dragão, lembra? Você é meu tesouro, vou te proteger a todo custo.

— O custo incluí a diretora? – perguntou, assustando-se novamente, com a mulher irritada que caminhava na direção deles.

— Inclui até o diabo em pessoa, a diretora não me assusta.

Alex virou-se pronto para encarar a fúria da mulher, ser arrastado até a diretoria e ouvir um sermão de mais de uma hora que acabaria com ela ligando para seus pais.

O que não esperava era que Belle segurasse sua mão, juntando-se a ele, a determinação em seu olhar dizia que fariam aquilo juntos, e ele entrelaçou seus dedos apertando-os forte. Ainda a protegeria de todas as consequências que estavam por vir, mas seria bom ter ela consigo.

 Ainda a protegeria de todas as consequências que estavam por vir, mas seria bom ter ela consigo

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Notas de Rodapé

¹: tesouro, em galês.

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