LIVRO DOIS | Alex Kozlov era visto por todos como inabalável, isto até o retorno de Belle Kadyrova à sua vida, e o "bad boy" de tatuagens ser desmontado novamente por esse belo fantasma do seu passado.
Mas agora, Belle estava indo embora mais uma ve...
"Então se ela está em algum lugar perto de mim Eu peço a Deus que ela me escute Não há mais ninguém Que poderia fazer-me sentir tão vivo Eu estou vivo Eu esperava que ela nunca fosse me deixar Por favor Deus, você precisa acreditar em mim Eu procurei pelo universo E me encontrei Dentro dos olhos dela" Guns N' Roses - This I Love
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A droga do elevador parou, isso por si só pouco me importa, mas desta vez não é um dia qualquer, não é uma circunstância qualquer; a droga do elevador parou e ele não poderia ter escolhido momento pior.
- Você já pode me pôr no chão, sabe? - ela disse, em um tom levemente monótono, a voz sendo abafada pela boca no braço que circundava meu pescoço.
- Hum.
Esse é só mais um dos problemas; eu não consigo pôr ela no chão. Não por uma preocupação excessiva, foi só uma leve torção, descanso e gelo resolvem o problema facilmente, a razão para eu não conseguir colocá-la no chão é infinitamente mais complexa que essa, tanto que eu não faço a menor ideia do que seja.
Sempre houve poucas coisas que eu não conseguisse fazer, ou entender, ou controlar, não é algum tipo de ego elevado, são fatos, sou bom em executar o que é necessário, mas estranhamente sempre houve algo nela que faz minhas engrenagens pararem de funcionar, e eu nunca consigo consertar. Saio daquele que faz tudo, para aquele que nem pensa direito.
Meu corpo gelou e estremeceu quando seus dedos voltaram a explorar a tatuagem em meu pescoço, é como se ela fizesse impulsivamente, traçando o desenho, distraída, me deixando praticamente inconsciente.
Como se não fosse o suficiente, suas unhas tocaram minha pele e começaram a subir lentamente, na direção do meu cabelo.
Meu coração estava acelerado, e minha respiração descompassada, se eu me mexesse eu iria tremer, eu sabia disso, sou como uma presa que sabe que se o predador decidir dar o bote, não terá saída, e eu pude visualizar minha morte no momento em que seus dedos entraram no meu couro cabeludo, arrepiando todo o meu corpo a partir daquele ponto em específico.
- Belle...
Implorei, o tom de voz parecia ter vindo do fundo da garganta e poderia ser facilmente confundido com um gemido. Eu poderia odiar esse fato, mas não havia mais espaço em meu corpo para isso, já que o mesmo ardia completamente em chamas.
- Desculpe - pediu, tirando a mão o mais rápido que pôde, apertando-a junto ao corpo.
Eu levantei minha cabeça em busca de ar, respirando fundo enquanto tentava colocar meus pensamentos em ordem. Quando será que esse elevador vai voltar a funcionar? Achei que a porra do prédio era novo demais para esse tipo de problema.
