12| Alex Kozlov

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“Mesmo que meu coração pare de bater
Você é a única coisa que eu preciso, ooh, comigo
Mesmo que a Terra comece a tremer
Você é a única coisa que vale a pena levar, ooh, comigo"
The Neighborhood – Pretty Boy

Eu não consegui dormir, e acho que as razões são bem óbvias ao ponto de eu não precisar menciona-las, revirei em uma perfeita agonia naquela cama, impregnada com seu cheiro, até o primeiro sinal de que já havia amanhecido, então pulei para fora da...

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Eu não consegui dormir, e acho que as razões são bem óbvias ao ponto de eu não precisar menciona-las, revirei em uma perfeita agonia naquela cama, impregnada com seu cheiro, até o primeiro sinal de que já havia amanhecido, então pulei para fora da cama e fui para a academia.

Mesmo depois de mais de uma hora de relógio lá, ainda não consegui me cansar o suficiente. Meu medo, seus beijos, sua voz como um sussurro, tudo me torturava ao ponto de me levar a loucura. Era isso que eu deveria estar, louco, se não como faria isso que estou prestes a fazer?

O quarto dela estava uma bagunça, mas eu não liguei para isso até que visse um caderno aberto sobre a escrivaninha, de longe dava para ver que era um caderno de desenhos, e meu interesse se renovou rapidamente, eu pensava que se não havia problema nela roubar um dos meus desenhos para tatuar em si, o contrário também poderia acontecer, e quando eu finalmente cheguei perto o suficiente para ver o que era, eu tive a certeza de que aquilo seria gravado em minha pele, e sabia exatamente onde.

Era nós dois no desenho, e embora os traços não fossem realistas, podia-se ver as características, principalmente pelo brinco de espada pendurado em ambas as orelhas, a melhor parte era que estávamos quase nos beijando, com os olhos quase fechados, e os lábios quase se tocavam. Era a porra de um desenho, mas reavivava minhas memórias como se me dissesse que estavam acontecendo agora, fazia-me desejar que acontecesse agora, então não hesitei em destacar a página.

— Alex?

Eu ouvi sua voz baixa e rouca me chamar, arrepiando até minha espinha, havia poupado meu trabalho em acorda-la, mas eu ainda tinha que terminar o que tinha ido fazer lá, então andei em sua direção e puxei os cobertores, para me arrepender logo em seguida.

— Porra, eu esqueci que você estava assim.

Não sei como eu pude esquecer, foi exatamente uma das razões usadas de pré-treino, o que foi ótimo, mas nem o treino foi suficiente para gastar a energia, se não eu não estaria aqui.

— Tira sua bunda – gostosa — da cama, nós vamos correr. – Eu disse, em um fôlego sofrido, e então me virei para sair, havia um limite de até onde um homem pode controlar os seus instintos primatas.

— E se eu estivesse nua?! – exclama, indignada, mas pelo menos dava para perceber que ela pouco se importava que eu puxei sua coberta e dei uma boa olhada descarada em suas belas pernas, era só a Kadyrova irritada de sempre, da qual é sempre bom provocar.

— Teria sido delicioso de ver, mas eu sabia que você não estava – respondi, para provoca-la, mas também havia verdade em minhas palavras. — Você tem cinco minutos.

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