PAOLA LOPÉZ
11 de novembro de 2022 — Cidade de México, México.Desde que começamos a ter um romance, o Guillermo nunca tinha vindo na minha casa depois de nossas saídas e dessa vez ele veio.
No elevador, onde ele me abraçava por trás, viro o meu rosto e o beijo cheia de segundas intenções, sem deixar de ser carinhoso. Entramos no meu apartamento nos beijando e fomos para o meu quarto ainda aos beijos e suspiros.
Ele sentou na cama e eu fiquei em pé entre as suas pernas, ainda a beijando ele levantava a blusa dela. As roupas iam caindo no chão conforme eles iam se deitando na cama.
Matamos toda a saudade, em uma noite de amor.
Acordei antes dele e fiquei velando o seu sono e pensando o quanto ia ser difícil ficar longe dele durante os dias da copa.
— Quando volta agora? — pergunto assim que percebo que ele me olhava.
— Bom, o planejado da seleção é só voltar dia 17 de dezembro — beija o meu nariz.
— Ai amor, eu vou morrer de saudades! — dou risada — Quando você voltar, vai ter que providenciar o enterro e tudo mais.
— Que horror, Paola — apertou a minha bochecha — Você sabe que está convidada para ir me acompanhar na copa.
— Eu queria muito ir, mas a sua ex não gosta muito de mim, e eu não quero ter que discutir com ela na frente dos seus filhos — ele assente um pouco emburrado.
— Gatinho, vai indo tomar banho enquanto eu preparo nosso café.
— Olha só... vai cozinhar é?
— Simmmmm — respondo com voz de bebê — Mas, não garanto que vá ficar bom.
— Ai meu Deus! Já estou até vendo — gargalhou do tapa que eu dei nele.
Preparo um café simples. Ele desceu já pronto, tinha até deixado uma muda de roupas no meu apartamento, assim como eu deixei no dele.
— Hum.... Tá uma delícia, vida.
— Jura? — pergunto toda alegre para ele.
— Juro por tudo que é mais sagrado nesse mundo.
— Está vendo só! Eu sei muito bem cozinhar! É só eu fazer no meu tempo, que da tudo certo.
Comemos juntos, trocando algumas carícias.
— Vida, você pode deixar esse seu moletom? — ele franze o cenho sem entender.
— Ué, por quê?
— Pra eu usar ele durante toda a copa — ele sorri e me da um selinho — Amenizar a saudade.
— Cariño — ele passa a mão pelo meu rosto — Infelizmente, eu já tenho que ir pra concentração, vamos nos ver em breve.
Ela acompanha ele até a porta, se despedem com vários beijos. Respiro fundo e sinto meu peito doer, claramente, antecipando a saudade.