Meetings and Disagreement

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Erica:

Minhas mãos estão na nuca dele, são tantas sensações nesse momento, as mãos quentes e grandes dele segurando o meu rosto, o nosso contato íntimo, esse momento, tudo é maravilhoso, tão bom que poderia senti-lo mais vezes. Nos separamos depois de alguns minutos e suas mãos permanece no meu rosto fazendo carinho na minha bochecha.

- É uma pena que tenhamos que parar, eu realmente gostei - falo e ele da uma risada tímida.

_ caramba, meu coração está tão acelerado_

- Podemos voltar a fazer isso quando quiser - ele sorri e eu faço o mesmo. Ele puxa o meu rosto com delicadeza para mais perto e eu me aproximo sem exitar, quando sinto o toque dos lábios dele nos meus, o celular dele volta a toca. _merda, bem agora tinha que voltar a tocar_ Ele pega o celular irritado, mas sua irritação diminuí quando vê o nome escrito na tela e atende.

- Alo, vó? - ele diz e não consigo ouvir o que a outra pessoa fala - Estou bem sim, e você? Precisamos nós ver, já faz um tempo que não fazemos isso - ele para de falar por uns minutos e ri enquanto passa a mão na cabeça parecendo que está com vergonha - Bom, como estão as coisas aí vó?... Meu trabalho vai bem - novamente ele para de falar e o sorriso que tinha em seu rosto some, no lugar dele a preocupação fica nítida - Isso é uma droga, vou pensar no que fazer diante disso e te retorno o mais rápido possível, ok?... Você também se cuida - Ele desliga e bebe um pouco do seu vinho.

- Era a minha vó - ele diz me olhando - temos mais um problema, parece que os nossos dias são como uma montanha russa, sempre indo de momentos bons para os ruins - ele come um pedaço de carne que tinha na tábua

- Ela está bem? - pergunto sem desviar a minha atenção do rosto dele

- Felizmente sim, mas infelizmente a minha mãe voltou para trazer mais problemas.

- Ah, sim. - me lembro do pouco do que ele me contou sobre a sua mãe. _ o que será que ela quer?_

- Eu queria deixar esse assunto para depois, mas acho melhor contar agora, já que o nosso clima foi estragado... Bem, a minha genitora nunca cuidou de mim direito, eu ficava mais tempo com a minha vó do que com ela. Sempre que ela aparecia, era certeza de problemas, ela sempre tratava a minha vó mal, brigava sempre com ela, desmerecendo a mesma, xingava e a culpava pelos seus problemas. Comigo, ela fazia tratamento de silêncio, dizia que não era para eu ter nascido, que eu era um animal e que merecia ser desprezado por todos, um dia ela me... - ele para e vejo os olhos dele enchendo de lágrimas

- Ok, ok. Não precisa me contar por agora se for muito para você, vamos deixar isso para outro momento, se quiser. - toco no ombro dele de forma amigável e ele sorri suspirando para se recompor

- Eu não esperava que você me visse desse jeito tão cedo, mas tocar nesse assunto é delicado.

- Fica tranquilo, eu sou a última pessoa que vai te julgar por ter seus momentos de tristeza, todos nós temos uma história triste para contar.

- Então, qual é a sua? - agora foi a minha vez de beber um pouco de vinho.

- Acho justo eu te contar, já que você me contou um pouco da sua. - ele me olha atento prestando atenção em cada palavra - Primeiro de tudo eu não me recordo dos meus pais, porque eles morreram em um acidente de carro, isso ainda quando eu era muito nova e quem cuidou de mim foi meu irmão. Quando eu estava na escola, no primeiro ano do ensino médio, conheci um garoto, que era muito educado e gentil comigo, começamos a conversar e passar muito tempo juntos. Meu irmão sempre me avisou que ele não era bom, eu não escutei ele, o que foi um grande erro, mas eu era muito boba naquela época e também estava muito apaixonada por ele, coloquei a minha paixão em primeiro lugar invés da razão. Ele sempre me dizia que me amava e que queria o melhor para mim. Um dia, ficamos sozinho na casa dele e acabamos fazendo sexo. - paro para respirar, isso é muita informação e talvez esteja falando rápido demais.