amores escondidos

4 2 0
                                    

Ela estava deitada ao pé da árvore, sem se importar com a grama umida. As folhas de seu cabelo se mexiam na brisa da manhã, a driade respirou fundo e calmamente aproveitando o cheiro magico do amanhecer, tudo era de uma calmaria reconfortante, os pássaros cantando, a cor do ceu...ela passou os dedos entre a grama  sem se importar com o barro, como uma grande coberta de veludo. Tudo estava perfeito, ate ele chegar.
A sombra de Fëanor cobriu o sol que lhe estava batendo no rosto e ela abriu os olhos o olhando irritada.

- por favor não tampe meu sol. - disse ela.

- você me odeia? - indagou Fëanor se sentando ao lado dela para não fazer sombra.

- eu poderia perguntar a mesma coisa para você, não poderia?

- eu não te odeio, só... Nao gosto muito de você.

- ah obrigada pela correção - Calisto revirou os olhos sarcasticamente.

- mas nao é culpa sua, eu sei. É só... Que você me lembra alguem.

- quem?

- uma driade que eu conheci certa vez, ela... Nao foi muito legal.

-ah, bem feito.

- você nao sabe o que aconteceu! - disse Fëanor incrédulo.

- se ela foi ruim com você, é porque você merecia.

-  ela ajudou a matar meus pais! - disse Fëanor se levantando.

- você não sabe de nada, provavelmente passou a vida presa em uma arvore e depois foi levada pelos humanos, sabe o que isso tem em comum? Continuou presa, você não sabe nada sobre o mundo ou sobre as pessoas. - o elfo saiu andando pisando duro entrando na casa. Talvez tenha sido hostil de mais para alguem que tinha a intenção de se " reconciliar" com Calisto, mas ele nao se importava . Ela nao era importante e nem fazia parte da vida dele. Ele entrou na sala batendo a porta e subiu as escadas sem se importar com sidônia que o xingava por bater a porta. Entrou em seu quarto e se jogou na cama.
Calisto ficou lá parada tentando processar o que tinha acabado de acontecer quando viu Elbereth voltando e correu ate onde a amiga estava.

- onde você foi??

- oi, fui ver o ferreiro, mas a espada ainda não esta pronta. - disse a elfa que agora voltava a ter a aparecencia de uma conforme o feitiço ia perdendo o efeito.

- entendi... Vá falar com seu irmão, você some e ele vem descontar em mim!

- o que ele fez?

- aparentemente eu lembro a assassina dos seus pais, que eu nem sei quem são!

- ah...bom isso...eu vou falar com ele, não se preocupe. - Elbereth foi caminhando para a casa em direção ao quarto mas antes que subisse as escadas contou o ocorrido para sidônia.

-voce sabe com ele é teimoso

- não, não, ele é traumatizado querida.

- sidônia, todos nós somos! Não é desculpa

- posso falar com ele em seu lugar? Quero falar sobre os pesadelos com ele também e você merece um banho, esta cheirando a magia e a humanos. Andou se esfregando em algum Elbereth?

- prefiro beber veneno e me atirar de um penhasco!

- eu sei - disse sidônia rindo e subindo para o quarto.

Elbereth cheirou a própria roupa, realmente não estava lá um mar de rosas pois ela realmente andou se esfregando em um humano, mas ninguem sabia disso e jamais saberiam. A elfa sorriu ao se lembrar do tempo com demérito e foi se banhar.

um novo mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora