a intrusa

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Enquanto o caos ia se dissipando na vila, um pouco a oeste dela no meio da floresta Elbereth e Fëanor se encontravam em sua cabana, Fëanor lustrava os novos " brinquedinhos" que tinha conseguido e Elbereth preparava a janta.

- uau...isso é bonito, quero para mim. - disse Elbereth tomando um cálice de prata da mão do irmão.

- por que você não pega alguma joia? Olha tem esse broche...

- porque não quero meu irmão, eu quero o cálice, o broche você pode da para a Sidônia - disse ela enchendo o cálice e bebendo água.

- eu não vou dar para ela, eu vou vender as coisas para ela.

- ok, ok, mais eu sei que você tem uma quedinha por ela...e ela tambem sabe. - disse sua irmã sorrindo maliciosamente.

- eu não tenho uma "quedinha" por ela! É mais fácil você ter, minha irmã - disse ele pegando o cálice da mão dela e bebendo a água - eu não fico com feiticeiras.

- se você diz... - ri Elbereth e volta a cozinhar.

- sabe--- - Fëanor começa a falar mas para quando vê um vulto pela janela ao lado de fora da cabana.

- o que foi? O gato comeu sua língua? - ri sua irmã.

Fëanor tampa a boca dela fazendo sinal de que tinha alguém lá fora e pega sua espada indo em direção a porta, Elbereth faz o mesmo pegando a faca que estava usando e indo atrás de seu irmão.
Fëanor chuta a porta e vê algo se escondendo atrás de uma árvore rapidamente.

- apareça! - grita ele

- não vamos te machucar! - completa Elbereth fazendo sinal para ele esconder a espada e é quando de trás da árvore sai uma driade segurando um grande galho de árvore como defesa. O irmão faz menção de atacar porém a elfa o impede.

- o que você quer? - pergunta ela curiosa para a criatura.

A driade se aproxima deles que se mantém imóveis e quando ela abre a boca para falar desmaia. Elbereth corre ate ela e tenta acorda-la em vão e pede para Fëanor levar a driade para dentro. Ele ainda meio receoso o faz e a deita no sofa.

- ela é linda! - exclama Elbereth.

- seus padrões de beleza são questionáveis irmã - diz ele tentando checar o pulso. - ela é praticamente madeira, nem tem como sabermos se está viva ou morta!

- ela só esta cansada, a tirei daquele bordel, provavelmente não come a dias... - diz ela dando a comida para o irmão que pega e come.

- hm... Obrigado - diz ele comendo.

A driade tinha sua pele da cor do mais belo tronco de eucalipto, seus cabelos eram as folhas, suas orelhas pontudas e suas "vestes" eram feitas da flor de eucalipto vermelha apenas cobrindo suas intimidades formando literalmente " uma beleza natural", possuia um brasão em seu pulso provavelmente feito com uma pequena faca, Fëanor observou a marca e quando olhou novamente para a driade ela o olhava visivelmente assustada e confusa.

- ela acordou - disse ele soltando seu pulso enquanto sua irmã vinha correndo.

- onde?! Ola, qual seu nome? - perguntou ela para a driade mas a mesma não respondia. - você deve estar com sede... - disse ela pegando um copo de água.

Quando a driade pego o copo e tomou a água desesperadamente, para ela que só bebia a água poluída do vilarejo beber água limpa de um riacho foi como renascer, ela tomou 1,2,3 copos de água até finalmente falar um " obrigada" calmamente.
Sua voz soava calma, quando ela falava naturalmente saia um eco suave, seu timbre era aveludado. Se perguntasse a Elbereth como a voz desta criatura soava ela diria que como o de uma sacerdotisa que vive em um templo da deusa mãe. Mas para Fëanor a voz dela soava como o canto de uma sereia pois era calmo e mágico.
A driade ficou la parada sem saber o que fazer enquanto os dois irmãos a observavam curiosos.

- am... Aonde eu estou? - perguntou a criatura.

- você está na floresta. - respondeu os dois irmãos em unissom.

-estou fora do vilarejo?! Graças a mae deusa - respirou aliviada.

- qual seu nome meu bem? - perguntou Elbereth.

- calisto.

- e o que faz na floresta? - Fëanor perguntou.

- eu moro aqui, ou pelo menos morava antes de ser escravizada...

- entendi ...bom, coma. Você deve estar fraca. - disse Fëanor entregando um prato para ela e rapidamente começou a comer.

Após um pouco de discussão eles decidiram deixar calisto dormir lá e então por volta da meia noite eles adormeceram esperando um novo dia amanhã.

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