É por isso que elfos não se apaixonam

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Eles estavam correndo, Demétrio estava ajudando sua mãe a continuar de pé correndo, o jovem encarava a garota de orelhas pontudas,de cabelos longos e negros, o outro a chamou de Elbereth, isso não poderia a ser verdade. Não era sua Elbereth, não fazia sentido ser! Ele se perguntou sobre tudo o que eles haviam feito durante esses anos, os beijos, os sorrisos e até mesmo a noite no celeiro que passará com ela tempos atrás e ela sempre sumia. Parecia sempre esconder algo, não falava do irmão e nem o deixava perto dele e aquela bruxa...era a mesma que estava na casa com eles mais cedo, será que podia ser? Será que ela o enganou? Tudo na cabeça do padeiro estava confuso mas algo estava claro com água: Seus sentimentos. Enchendo seu peito e transbordando, ele sentia as ondas se baterem  em seu inteiror e naquele momento durante o caos ele soube que humana ou elfo aquela era a mulher com quem ele queria passar o resto da vida.
E de repente tudo ficou preto, ele sentiu se caindo no chao com algo em cima dele ele gritou quando a dor dilacerante de ter sua coluna quebrada o atingiu.

O grupo parou e olhou para trás... A mãe de Demétrio gritava ao ver o filho daquele jeito e eles se viram cercados por um grupo de 10 vampiros em meio ao campo, faltando apenas 100 metros para adentrarem a floresta e chegarem na casa sidônia.

Elbereth olhou para Demétrio e entendeu, a besta horripilante mostrava as presas enquanto agarrava os cabelos de  um jovem ofegante e levantava o rosto dele o fazendo olhar diretamente para ela.
Aquele sorriso horripilante ela conhecia, era Cian segurando em seus dedos a pessoa que ela amava. Ele sabia, sabia que o que ela sentia por ele, sabia que não era bom o suficiente para roubar dela Fëanor então foi atrás de outra fraqueza. E agora não tinha mais volta, ela podia ouvir a voz de seu irmão em sua mente dizendo " é por isso que elfos não se apaixonam Elbereth!".

Ela brandiu a espada ao mesmo tempo que os vampiros atacavam e Cian cravava as presas em Demétrio mantendo o rosto dele em pé para ela, Demétrio em uma tentativa desesperadora esticou um dos braços em direção a ela com os olhos cheios de lágrimas e pavor, tentou silabar algo mas a voz não saía, porem no fundo Elbereth conseguiu ler em seus lábios "eu te amo".

Elbereth brandia a espada, eram muitos mas ela continuava atacando, seu irmão foi jogado no chao e ela lhe passou a espada que cortou o demônio ao meio, Sidônia arteava fogo em cada ser que ousava chegar perto da família de Demétrio, quando Elbereth conseguiu dar um passo mais perto do garoto que estava sendo sugado algum vampiro a atirou pelos ares, ela bateu em uma arvore e caiu atordoada no chão e sentiu o grito de dor quando o mesmo que havia lhe atacado tentou morder seu pescoço que estava com o colar de prata, ela o ouviu gritar de dor e desespero ao ver as queimaduras na boca e nas mãos.
Para alguém que jamais havia lutado e passará grande parte da vida confinada Calisto era uma máquina de guerra, jogava os  vampiros longe com seus galhos e emaranhados se  mostrando bem util na visão de Fëanor.

Parecia que quanto mais eles lutavam, mais deles apareciam ate que sidônia ameaçando gastar forças que não tinha lançou um feitiço que dividiu em rastros de fogo e acertou a maioria dos predradores.  Os outros fugiram, infelizmente com eles foi Cian. Ileso.

Elbereth se levantou do chão ainda tonta e correu até o corpo estirado no chão de Demétrio, ela o sacudia e chorava o reanimando mas ele não respondia.

- Não, não, não! Você não pode morrer assim! Não pode me deixar! Acorda! - disse ela em meio aos soluços, Fëanor jamais tinha visto sua irmã assim por um mortal mas logo entendeu as escapadas noturnas dela.

A mãe e o pai de Demétrio choravam abraçando seus filhos mais novos. Fëanor caminhou ate a irmã e o corpo sem vida. O pegou no colo e olhou para ela com olhar firme.

-Elbereth, temos que ir antes que voltem, eu levo ele.

Ninguém viu, mas ela entendeu. Naquele momento houve um diálogo silencioso de irmãos, Fëanor tinha repulsa a humanos e o fato de ele pega um no colo ( mesmo morto) ja dizia muito para ela, alem do olhar dele. Sempre firme porém dessa vez tinha compaixão, carinho. Isso deu forças para ela seguir em frente.
Elbereth enxugou as lágrimas, levantou, pegou a espada e saiu andando lado a lado com seu irmão.

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