a noite do terror

2 0 0
                                    

O dia passou rapido, Fëanor finalmente se encontrou com Elbereth que antes mesmo de seu irmão começar uma discussão por ela ter sumido simplesmente disse um " geralmente quando se transa costuma-se ficar bem calminho, vou contar para sidônia que ela não conseguiu dar jeito em você " e automaticamente Fëanor mudou de assunto envergonhado apenas respondendo "não fizemos nada disso".
Assim ambos foram treinar no jardim mesmo em baixo da chuva que não parecia chegar ao fim, eles sabiam que não podiam ficar parados, não seria bom perder a prática de treino apenas pela chuva ainda mais agora com um tipo de monstro assassino atras deles.

Enquanto o par de elfos treinava rolando na grama e no barro sidônia e Calisto conversavam e secavam algumas ervas como salvia, tomilho e louro. Logo escureceu e eles entraram para jantar, sidônia tinha feito carne de pato ( mesmo que ninguém saiba como ja que lá nao havia patos), grãos de arroz, pães e salada de cogumelos silvestres. Fëanor e Elbereth estavam prontos para se servirem quando sidônia os afastou da mesa magicamente.

- onde vocês pensam que vão?! Os dois vão ja pro banho antes de comer, tem dois banheiros aqui e quero ver os dois limpinhos em 10 minutos!

Os elfos reclamaram porem foram mesmo assim tomar banho e em 20 minutos ( porque tanto Elbereth quanto Fëanor não conseguem resistir a auma banheira quente) eles estavam na cozinha com os cabelos molhados e limpinhos.

- descobri mais algumas coisas. - sidônia foi a primeira a falar. - a criatura que tentou matar vocês, achei algumas lendas. A mais antiga tem cerca de 500 anos. Segundo as lendas são criaturas que surgiram de um pacto com demônios, uma raça mista que evoluiu e se multiplicou, algumas lendas tratam como demônios e outras como seres celestes, não da para saber o que realmente é verdade em tudo o que falam.

- Lendas, lenda e mais lendas... - disse Fëanor suspirando.

- eu só quero saber por que estão atras de nós.... - disse Elbereth comendo.

Calisto olhava a janela distante, a conversa ao seu lado soava longe. Ela olhava a lua tomando água quando deixou seu copo de madeira cair, todos que estavam falando se calaram e a olharam.

- vocês precisam ver isso. - disse ela incrédula.

Os elfos se aproximaram da janela junto de Sidônia. Ao lado de fora, no limite da barreira havia...sombras? Escuras, em formas humanóides.

- humanos?

- não, eu sinto quando eles chegam perto, porém... Nao senti nenhuma presença, nenhuma presença viva. Mas não se preocupem, tenho certeza que minha magia é forte o suficiente.

Nesse mesmo instante as sombras começaram a se mover passando pela barreira com facilidade, ficavam mais lentos para atravessar mas mesmo assim não os impedia de chegar perto.

- tranquem tudo! - disse Fëanor e cada um foi para um comodo, a casa era enorme e as criaturas tentaram entrar pelas janelas de cima, mas sidônia conseguiu as manter fechada ate que conseguissem fechar toda a área da casa.

- podemos lutar - disse o elfo pegando uma faca.

- não! Você esta louco? Tem quase vinte la fora e nós somos apenas quatro!

- e vamos ficar aqui sem fazer nada??

- vou garantir que não entrem... - sidônia pois as mãos no chão da casa entoando uma canção:

- eu invoco agora as forças dessa casa, ninguém sem convite irá entrar, chamo agora a proteção do meu lar. Que os invasores possam queimar!

Assim que as palavras foram proferidas uma rajada de vento ( que Fëanor concluiu vir do alem) soprou em volta deles, alguns dos humanoides que  estavam tocando a casa entraram em combustão instantânea se reduzindo a pó.

- irmão, Calisto tem razão, se forem realmente vampiros, aquele dia quase não demos conta de um. Vão nos vencer.

- eles não vao entrar aqui, farei uma grande barreira, alem disso não podem entrar sem serem convidados.

A noite se passou assim, ninguém dormiu de verdade. Eles revezavam a vigia pela casa porém como sidônia disse ninguem adentrou. Aos primeiros raios de sol todos os vampiros haviam ido embora .

- eles se foram - disse calisto.

- otimo! Vamos atrás deles!

- Fëanor! Não!

- como não Elbereth?! Eu não vou ser preso na minha propria casa e--

Antes de Fëanor continuar a falar Sidônia o faz dormir com um feitiço de sono e Fëanor caiu no sofá.

- pronto, acho que todos precisamos descansar antes de pensar em algo, Calisto por favor leve e pra cama.

- ok, sempre eu - bufa Calisto  pegando Fëanor no colo com grande facilidade e subindo as escadas.

- nossa, Fëanor é pesado e ela o pegou com tanta facilidade...

- ela é uma driade, você não conhece nem 1/3 da força dela.

- o que vamos fazer sidônia? - disse Elbereth se sentando na cadeira e pondo as mãos sob o rosto apoiando-as em seu colo.

- primeiro você vai dormir, todos nós vamos e depois decidimos.

- ok, boa noite

- boa noite querida.

Sidônia esperou até Elbereth sumir ao subir as escadas para tomar um tônico que a mantivesse acordada para renovar as fronteiras magicas de sua casa, por incrível que pareça ( e não parecia) aquelas criaturas tinham conseguido causar algum dano nas barreiras as enfraquecendo. Ela se sentou a sua mesa e começou a trabalhar em seu caldeirão misturando salvia, pó de cogumelos e varias outras especiarias.

Ela reforçou o círculo de proteção, assim ninguem poderia entrar e após isso desabou no sofa acabando por dormir.

Era cerca de 10:30 da manhã quando ela acordou com uma sensação estranha, o sol estava forte, o céu azul e os pássaros cantando nada que lembrasse o terror da noite passada quando ela olhou para fora e lá estava ele tentando ultrapassar a barreira levando leves choques sem entender o que o impedia de chegar até a porta...

um novo mundoOnde histórias criam vida. Descubra agora