o julgamento

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Os guardas empurraram Fëanor e Elbereth até o salão principal batendo nas juntas de seus joelhos para os fazer ajoelhar, em frente eles estava sentado no trono o príncipe da capital. Um garoto de aparentemente 19 anos de idade, cabelos cortados na faca, (aparentemente por ele mesmo) cabelo preto, pele branca e olhos em um tom castanho bem avermelhados.
Os elfos sabiam que estavam indo para la sem saber o que esperar mas ambos tinham certeza, não esperavam alguém tão novo.

- vocês estão pensando " quem é essa criança brincando no trono" bom, meus pais estão viajando a negócio e eu sou o responsável pelo Castelo por enquanto. Conde me diga do que eles estão sendo acusados?

- alteza - iniciou o conde se aproximando. - há um ano estes elfos vieram à esta cidade e este canalha se deitou com minha esposa! Desde então venho oferendo recompensas pela sua captura.

- você está me dizendo que ofereceu uma recompensa para pegar o amante da sua esposa? E por que ele deveria ser julgado por isso???

- porque majestade ele a estrupou! Sua irmã, esta bruxa lançou um feitiço em minha esposa, para ele ficar com Elice! - acusou o conde

- você tem provas desta bruxaria? - indagou o principe

- sim! Tragam! - os guardas entraram com os pertences dos elfos os jogando todo na frente do trono, caindo a espada, a adaga, roupas, as especiarias de Elbereth, as tortinhas de Fëanor e por ultimo o cálice de prata que Elbereth tomou posse após o roubo.

- veja alteza! Olhe essas especiarias! Bruxaria!

- são temperos para comida! Pela deusa mãe! Você não sabe a diferença entre um coentro e uma vara de condão? A gordura de sua barriga subiu para seu cérebro???? - disse Elbereth quebrando o silêncio dos elfos irritada. - sua mulher te traiu porque quis, acha mesmo que se eu pudesse fazer magias assim eu desperdiçaria meu tempo em algo tão momentâneo como o sexo do meu irmão? Nós nem saimos com nada dessa história!

- verdade... Ela nem sequer me tornou conde também! - disse Fëanor para provocar.

O principe olhava aquela situação com um olhar curioso enquanto Duloc ficava vermelho de raiva e antes que o mesmo "atirasse pedras" novamente contra os elfos o príncipe interviu.

- conde Duloc você tem mais alguma prova? - indagou-o sentado do trono.

- a palavra de minha esposa! Não conta??

- então traga-na aqui! - disse o príncipe em tom de ordem e poucos minutos depois Elice estava na sala.

O príncipe levantou de seu lugar e foi em direção a moça a olhando, ela parecia nervosa. Estava suando frio e tentando não olhar para o elfo.

- diga Elice este elfo estrupou você?

- sim majestade - disse a moça.

Fëanor revirou os olhos e olhou para Elbereth que parecia querer atacar Elice e se não estivesse amarrada realmente faria isso.

- descreva para mim como foi....

-eu estava em uma taverna, ele se aproximou de mim e bebemos umas três taças, ele jogou seu charme para cima de mim e me convenceu a ir para a cama com ele.

- quais as palavras que ele disse? - o principe analisava atentamente a interrogada.

- "venha comigo, vamos nos divertir..."

- e você foi agarrada pelos pulsos e arrastada?

- não alteza - respondeu ela.

- entao ele te jogou nos ombros e a carregou como um primata.

- não alteza... Eu fui andando.

- então ele não lhe forçou? Não lhe arrancou as vestes e fez sexo a força? Ele não lhe raptou ou lhe ameaçou....

- não! Mais a irmã dele jogou um feitiço em mim!

- oras por favor Elice você não acredita mesmo nisso não é? Você não foi forçada a fazer sexo, não foi um estrupo. Não há evidências de bruxaria em lugar algum e honestamente, isso ja faz um ano... - disse o principe se virando para o conde. - conde Duloc, infelizmente seu pedido para execução foi negado pois não há provas o suficiente apenas de que vós foi traído. Mas isso ja passou e pelo jeito ja se divertiu espancando a pobre criatura. Vamos, saiam vocês dois daqui, assunto encerrado. Quero falar com os elfos em particular.

- isso é absurdo!! - esbravejou Duloc.

-, tire eles daqui! - retrucou o príncipe, os guardas saíram arrastando Elice e Duloc para fora da sala enquanto duloc gritava que exigia vingança.

Elbereth e Fëanor se entre olharam aliviados enquanto o príncipe os soltava.

- perdoem esta confusão. Eu não me apresentei corretamente, meu nome é Deimos 1°, principe de artemísia, quem são vós? É a primeira vez que vejo elfos em carne e osso.

- meu nome é Fëanor e esta é minha irmã Elbereth... Não viemos aqui arrumar confusão alteza. Já estamos indo. - disse Fëanor ajudando sua irmã que catava seus pertences do chão.

- perdoem a grosseria, por favor deixe-me recompensa-los com uma boa cama para dormir e uma boa comida, assim amanhã vocês podem partir, fiquem como meus convidados!

Os elfos se entre olharam e tanto por insistência do príncipe quanto pelo cansaço da viajem e dos últimos acontecimentos eles cederam e ficaram a noite no Castelo.o principe providenciou um bom banho para eles, roupas limpas, chá e bolos. O castelo era enorme todo entalhado de ouro, pinturas no teto feitas a mão que contavam a história de conquista da capital. Velas e lampiões por todo lugar tiram o aspecto fantasmagórico do castelo. O quarto que foi cedido para Elbereth ela literalmente um quarto de princesa, um quarto todo rosa salmão, cheio de rendas nos travesseiros e colchas. Elbereth se sentiu extremamente incomodada com o luxo mas ao deitar na cama percebeu que poderia se acostumar com aquilo, o colchão era feito de penas de ganso e o travesseiro de lã de ovelhas, não demorou mundo para ela adormecer.
No quarto ao lado se encontrava Fëanor deitado em uma cama macia assim como a da irmã, comendo suas tortinhas. A unica coisa que mudava era a decoração do seu quarto que era vinho, ao terminar de comer ele se ajeitou na cama e adormeceu se enrolando naquela bela coberta macia.

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